Depois de perder o direito de usar o nome Trio Parada Dura, Creone, Parrerito e Xonadão estão de volta agora com o Trio Brasil, que acaba de lançar o CD e DVD 40 anos, comemorativo das quatro décadas do grupo original. O processo para registro do nome “Trio Parada Dura” foi movido por Mangabinha, que esteve na primeira formação, em 1973, com Delmir e Delmon – na segunda, das várias outras, ele apareceria ao lado de Creone e Barrerito, já em 1975.
Só restou Creone da formação mais conhecida do trio, que tinha Magabinha e Barrerito e estourou nas paradas no fim dos anos 1970, quando lançaram sucessos como Homem de pedra e Cruz pesada. Musicalmente, no entanto, o Trio Brasil continua quase o mesmo, agora com Xonadão e com Parrerito desde 1982, depois que seu irmão Barrerito sofreu um acidente de avião no interior do Espírito Santo e ficou paraplégico. Inclusive o trio interpreta os velhos sucessos do Trio Parada Dura. Novidade mesmo, quase nenhuma.
Entre as 30 músicas, arranjadas em 18 faixas do álbum gravado ao vivo, no Atlanta Music Hall, em Goiânia, em dezembro passado, estão clássicos sertanejos como a citada 'Homem de pedra' e mais 'Castelo de amor', 'Telefone mudo' e 'Bicho bom é mulher', além de 'Fuscão preto', 'Andorinhas', 'Arapuca' e tantas mais que foram lançadas por outros artistas. Invariavelmente canções com letras simples, facilmente assimiláveis e muito ritmo.
A gravação destaca a participação especial de nomes populares da música sertaneja atual, a maioria ainda criança quando o Trio Parada Dura já fazia muito sucesso. Telefone mudo, por exemplo, foi cantado em coro por ninguém menos que Daniel, Luan Santana, Michel Teló e as duplas Zezé Di Camargo & Luciano, Victor & Leo, Chitãozinho & Xororó, João Neto & Frederico e Jorge & Mateus. Outro sucesso, 'Blusa vermelha', teve a participação de Bruno & Marrone, Di Paullo & Paulino, César Menotti & Fabiano, Leonardo, Amado Batista, Eduardo Costa, Adair Cardoso e Cristiano Araújo.
O repertório tem ainda xote ('Parada dura, Passa lá'), batidão ('Bicho bom é mulher', 'O doutor e a empregada'), bolero ('Heróis da madrugada', 'Me mata de uma vez') e vários outros ritmos, com alguma carga de nostalgia. Quanto a Mangabinha, ele se afastou do grupo, mas não perdeu o direito de usar o nome. Já Barrerito morreu em 1998, após viver anos numa cadeira de rodas.
Duas perguntas para...
Creone
Cantor sertanejo
Da formação mais conhecida do Trio Parada, que começou a fazer sucesso no fim da década de 1970, você é o único que continua no grupo, mesmo com a mudança do nome. Como é isso para você?
Como um dos fundadores do Parada Dura, agora Trio Brasil, me sinto muito honrado. Mesmo com a troca do nome, continuamos sendo bem recebidos pelo público, e percebo a alegria com que as pessoas cantam nossas músicas. Isso nos dá força, vontade de continuar sempre na luta.
Como você vê a evolução da música sertaneja?
Para falar a verdade, é até vergonha, mas não conheço bem os novos artistas. Mas a música sertaneja se expandiu, e isso foi muito bom. A essência do Trio Brasil, no entanto, está ainda ligada aos modões, que buscam falar da simplicidade das coisas, do amor, da natureza. Nos sentimos lisonjeados, porque nossas músicas não envelheceram.
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Entre as 30 músicas, arranjadas em 18 faixas do álbum gravado ao vivo, no Atlanta Music Hall, em Goiânia, em dezembro passado, estão clássicos sertanejos como a citada 'Homem de pedra' e mais 'Castelo de amor', 'Telefone mudo' e 'Bicho bom é mulher', além de 'Fuscão preto', 'Andorinhas', 'Arapuca' e tantas mais que foram lançadas por outros artistas. Invariavelmente canções com letras simples, facilmente assimiláveis e muito ritmo.
A gravação destaca a participação especial de nomes populares da música sertaneja atual, a maioria ainda criança quando o Trio Parada Dura já fazia muito sucesso. Telefone mudo, por exemplo, foi cantado em coro por ninguém menos que Daniel, Luan Santana, Michel Teló e as duplas Zezé Di Camargo & Luciano, Victor & Leo, Chitãozinho & Xororó, João Neto & Frederico e Jorge & Mateus. Outro sucesso, 'Blusa vermelha', teve a participação de Bruno & Marrone, Di Paullo & Paulino, César Menotti & Fabiano, Leonardo, Amado Batista, Eduardo Costa, Adair Cardoso e Cristiano Araújo.
O repertório tem ainda xote ('Parada dura, Passa lá'), batidão ('Bicho bom é mulher', 'O doutor e a empregada'), bolero ('Heróis da madrugada', 'Me mata de uma vez') e vários outros ritmos, com alguma carga de nostalgia. Quanto a Mangabinha, ele se afastou do grupo, mas não perdeu o direito de usar o nome. Já Barrerito morreu em 1998, após viver anos numa cadeira de rodas.
Duas perguntas para...
Creone
Cantor sertanejo
Da formação mais conhecida do Trio Parada, que começou a fazer sucesso no fim da década de 1970, você é o único que continua no grupo, mesmo com a mudança do nome. Como é isso para você?
Como um dos fundadores do Parada Dura, agora Trio Brasil, me sinto muito honrado. Mesmo com a troca do nome, continuamos sendo bem recebidos pelo público, e percebo a alegria com que as pessoas cantam nossas músicas. Isso nos dá força, vontade de continuar sempre na luta.
Como você vê a evolução da música sertaneja?
Para falar a verdade, é até vergonha, mas não conheço bem os novos artistas. Mas a música sertaneja se expandiu, e isso foi muito bom. A essência do Trio Brasil, no entanto, está ainda ligada aos modões, que buscam falar da simplicidade das coisas, do amor, da natureza. Nos sentimos lisonjeados, porque nossas músicas não envelheceram.