A consagração de 'Royals' como Canção do Ano na cerimônia do Grammy no último domingo aumentou o assédio de fotógrafos sobre a jovem Lorde, que usou o Twitter para desabafar sobre a exposição excessiva. "A mídia neozelandesa quase avançou sobre mim e minha família no aeroporto nessa manhã, na ânsia de conseguirem suas fotos. Foram boas-vindas um pouco tristes, para ser honesta", escreveu a artista sobre o retorno à terra natal na última terça-feira, 28. Horas mais tarde, a série de postagens foi deletada do perfil.
"Eu entendo que pessoas públicas são, supostamente, liberadas para que todos as fotografem e filmem, mas isso não torna tudo aceitável", ponderou a adolescente. Aos 17 anos, Ella Yelich-O'Connor colhe recordes de vendas e premiações por uma carreira recém-lançada. O hit que lhe rendeu dois troféus no maior prêmio da indústria fonográfica foi lançado em março do ano passado, quando a cantora mal havia passado dos 15.
"Estou começando a me acostumar com minha imagem como uma propriedade pública, e o fato de estar acostumada me assusta", refletiu Lorde na rede. Dona de um pseudônimo que reflete fascínio pela aristocracia — "lord" pode ser traduzido como um nobre "senhor" —, a cantora já alcançou, em poucos meses, o topo das vendas em mercados como Reino Unido e EUA.
A ascensão veloz não parece ter diminuído a gratidão da cantora por seus admiradores, mas a aversão pelo assédio foi bem sinalizada por Lorde em seu perfil no microblog."Há uma diferença entre a atenção de fãs, que eu amo, e esse olhar constante, muitas vezes lascivo, a que sou submetida por essa indústria", comparou.
Nascida em uma cidade de 5 mil habitantes no litoral da Nova Zelândia, a jovem artista afirma que a pressão dos paparazzi incomoda ainda mais quando a atinge em casa. "Sei que o sucesso vem com uma etiqueta de preço. Mas é frustrante quando isso acontece em seu pequeno país natal, onde você anteriormente se sentia segura", concluiu.
Confira o clipe de 'Royals', hit de estreia da neozelandesa Lorde: