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A complexa simplicidade da obra de Léa Freire pode ser entendida pela trajetória da musicista, que começou estudando piano, passou para o violão e se tornou uma excelente flautista autodidata. Tocou rock, samba, jazz e MPB; foi influenciada tanto por Guarnieri, Villa-Lobos e Jobim como por Jackson do Pandeiro, Moacir Santos e Batatinha. Fundadora do selo Maritaca, já produziu mais de 40 discos de alta qualidade, tem álbuns antológicos com o trombonista Bocato, com Guilherme Vergueiro e muitos outros artistas de música adulta e, recentemente, fundou o ótimo quinteto Vento em Madeira, com dois elogiados discos lançados.
O disco, que sai junto com um álbum virtual de partituras, foi gravado sem truques nem invenções desnecessárias pelo músico Rafael Altério, num clima de tranquilidade semelhante ao do 'Triz' de Sérgio Santos, André Mehmari e Chico Pinheiro. O mais interessante do CD é perceber como algumas músicas (incluindo a que nome ao grupo) já gravadas pelo Vento em Madeira são (re)vistas por ótica que não rivaliza com o registro original e fornece mais elementos para apreciar o talento de Léa como compositora.