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As gravações ocorreram no Rio de Janeiro e na Itália entre outubro de 2011 e janeiro de 2012. A produção ficou a cargo da banda formada pelo carioca Dadi (voz e violão) e os italianos Ferruccio Spinetti (baixo), Francesco Petreni (bateria e percussão) e Giovanni Ceccarelli (teclado). Colaborou com o projeto o radialista italiano Max de Tomassi, amigo de Lins, conhecedor de música brasileira e um dos incentivadores da tradução das canções para o italiano.
“Todos são excelentes músicos, além de admiradores do meu trabalho. Gravar com essa turma foi fácil e surpreendente. Percebi logo que eles são muito criativos, o que trouxe nova sonoridade para as canções”, elogia Ivan Lins. O cantor e compositor destaca também os convidados especiais do disco: Chico Buarque, Vinicius Cantuária, Vanessa da Mata, Maria Gadú e os instrumentistas italianos do Gnu Quartet.
Confira o making of do trabalho de Ivan Lins com o grupo italiano InventaRio:
AGENDA
Habituado a circular pela Europa e pelos Estados Unidos, Ivan Lins comenta que sua agenda, nos últimos dois anos, tem priorizado shows no Brasil. “Isso se deve, sobretudo, à crise na Europa, mas a tendência é o panorama melhorar. A música brasileira de qualidade, seja de qual artista for, é muito apreciada em todo o mundo. A minha não é exceção, o aval do Quincy Jones deu um plus ao alcance dela lá fora”, conclui.
Bola bem dividida
Kiko Ferreira
Aberto com inédita 'Imprevedibile', parceria de Ivan Lins com Max de Tomassi, que traduz bem a ponte entre sonoridades brasileiras e italianas, o disco 'InventaRio encontra Ivan Lins' tem como detaques as parcerias do dono da bola com Chico Buarque.
Primeiro 'Renata Maria': vertida para o italiano como 'Stella d’a mia', traz a voz delicada de Maria Pia de Vito. 'Sou eu', que Ivan e Chico fizeram para o pagodeiro Diogo Nogueira, ganhou a versão 'Com me' – a dupla de autores se sai bem em italiano.
Ivan Lins está na fila do patrocínio. Procura parceiros para viabilizar sua turnê com o grupo InventaRio. Que venham o show, o DVD, o blue ray, o especial de TV. Sucesso internacional na certa.
SAIBA MAIS... O “afilhado” de Quincy
Ivan Lins é um dos compositores brasileiros mais gravados por estrelas do jazz. Tudo começou na década de 1980, quando Quincy Jones (foto) descobriu o autor de Madalena. Inicialmente, as melodias originais e harmonias sofisticadas do carioca seduziram o guitarrista George Benson. Logo depois, começaram a pipocar releituras feitas por Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Sting, The Manhattan Transfer e Chaka Khan. A lista já ultrapassa duas mil gravações. No belíssimo disco The heart speaks (1996), Terence Blanchard relê 13 temas de Ivan. Destacam-se também encontros do brasileiro com os cubanos Chucho Valdez e o grupo Irakere, sem falar de incontáveis duetos, entre eles os bem-sucedidos encontros com Jane Monheit e Michael Bublé.