Depois do 'Magnífico', de Bach, e de algumas sinfonias de Mozart e Haydn, entre outros, chega a vez de 'Réquiem', de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), ganhar a primeira gravação brasileira com instrumentos de época, a cargo da Orquestra Barroca do Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora.
Preparando-se para comemorar, ano que vem, o jubileu de prata, um dos mais importantes e prestigiados eventos do gênero do país lança o 14º álbum que inclui o registro, inédito no Brasil, daquela que é considerada uma das mais aclamadas e populares obras do repertório erudito.
Sob a regência do maestro e violinista Luís Otávio Santos, 35 músicos gravaram 'Réquiem', de Mozart, com direito à participação das 25 vozes do Conjunto Calíope, do Rio de Janeiro, cuja estreia, coincidentemente, ocorreu na edição de 1993 do festival juiz-forano.
Por se tratar de peça de fôlego, segundo o regente, a obra de Mozart exigiu interpretação cuidadosa da Orquestra Barroca. “Fiquei contente com o resultado, que acho estar superior às muitas versões de 'Réquiem' que já experimentei e ouvi”, confessa o maestro Luís Otávio Santos.
Segundo ele, o Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora não é apenas um encontro marcado para estudantes de música do Brasil e do exterior. “Poucos eventos do gênero, por exemplo, têm essa longevidade”, avalia, salientando que o objetivo principal do festival é a formação de estudantes jovens, além de trazer o ensino de instrumentos de época para o país.
Atmosfera fúnebre
Na gravação de 'Réquiem', de Mozart, por exemplo, além de trompetes naturais, que não têm válvulas como os atuais, a Orquestra Barroca usou o corno de basseto, espécie de clarineta tenor que acabou caindo em desuso no decorrer do tempo. “É um instrumento adequado para a atmosfera fúnebre da obra de Mozart”, explicando a importância do resgate do instrumento. “Mais importante ainda”, assegura Luís Otávio Santos, “é a maneira de tocar o instrumento”. Conforme faz questão de lembrar o maestro, o trabalho de pesquisa na área é muito longo e demanda tempo para estudos.
No mesmo disco, além de outra obra de Mozart (Ave Kerum), a música colonial está representada pelo expoente máximo do gênero, o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), por meio de duas obras breves: os motetos Dies sanctificatus e Gradual de São Sebastião.
Apesar de o lançamento do disco já ter ocorrido, a Orquestra Barroca só se reúne por ocasião de cada nova edição do festival.
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Sob a regência do maestro e violinista Luís Otávio Santos, 35 músicos gravaram 'Réquiem', de Mozart, com direito à participação das 25 vozes do Conjunto Calíope, do Rio de Janeiro, cuja estreia, coincidentemente, ocorreu na edição de 1993 do festival juiz-forano.
Por se tratar de peça de fôlego, segundo o regente, a obra de Mozart exigiu interpretação cuidadosa da Orquestra Barroca. “Fiquei contente com o resultado, que acho estar superior às muitas versões de 'Réquiem' que já experimentei e ouvi”, confessa o maestro Luís Otávio Santos.
Segundo ele, o Festival de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora não é apenas um encontro marcado para estudantes de música do Brasil e do exterior. “Poucos eventos do gênero, por exemplo, têm essa longevidade”, avalia, salientando que o objetivo principal do festival é a formação de estudantes jovens, além de trazer o ensino de instrumentos de época para o país.
Atmosfera fúnebre
Na gravação de 'Réquiem', de Mozart, por exemplo, além de trompetes naturais, que não têm válvulas como os atuais, a Orquestra Barroca usou o corno de basseto, espécie de clarineta tenor que acabou caindo em desuso no decorrer do tempo. “É um instrumento adequado para a atmosfera fúnebre da obra de Mozart”, explicando a importância do resgate do instrumento. “Mais importante ainda”, assegura Luís Otávio Santos, “é a maneira de tocar o instrumento”. Conforme faz questão de lembrar o maestro, o trabalho de pesquisa na área é muito longo e demanda tempo para estudos.
No mesmo disco, além de outra obra de Mozart (Ave Kerum), a música colonial está representada pelo expoente máximo do gênero, o padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), por meio de duas obras breves: os motetos Dies sanctificatus e Gradual de São Sebastião.
Apesar de o lançamento do disco já ter ocorrido, a Orquestra Barroca só se reúne por ocasião de cada nova edição do festival.