O timbre de voz doce remete, inevitavelmente, ao universo pelo qual a cantora Érika Machado, de 36 anos, vai incursionar em seu próximo trabalho, ainda sem título. Afinal, como diz Érika, a criança que há dentro dela nunca foi embora, resiste. Depois de dois discos ('No cimento', de 2006, e 'Bem me quer mal me quer', de 2009) direcionados ao público adulto, a cantora vai gravar um integralmente dedicado às crianças – “de todas as idades,” como ela faz questão de ressaltar.
O público infantil sempre esteve “bem presente” no trabalho da cantora e costumava marcar presença na plateia já no início da carreira. “Isso até me assustava, parecia incômodo na época”, afirma Érika, que não fazia música para crianças, mas, aos poucos, descobriu que seu trabalho atingia diversas camadas. “Fui percebendo que minhas composições tinham linguagem simples, num universo que permitia muitas possibilidades de leitura”, conta Érika.
Apesar de nunca terem ido em frente, ela chegou a criar projetos para o segmento tendo como parceiros Tulipa e Gustavo Ruiz, Cecília Silveira e Fernanda Takai, do Pato Fu. Depois da temporada de três anos em Portugal, onde cursou mestrado em crítica de arte na Universidade de Coimbra (com tema inspirado em poema de Manoel de Barros, O inventário da insignificância), ela concluiu que seria interessante fazer um disco direcionado a “todas as idades”.
“Minha estética é lúdica, quase infantil”, afirma a cantora, que, na última temporada da novela adolescente Malhação, da TV Globo, emplacou na trilha a música No cimento. Além disso, a voz e a criação musical suaves de Érika Machado marcaram presença no programa infantil Dango balango, produzido pela Rede Minas e exibido pela TV Brasil, e na série juvenil Tudo que é sólido pode derreter, da TV Cultura. No cinema, Desenrola, de Rosane Svartman, que tem uma adolescente como protagonista, também tem No cimento na trilha.
“Comecei a perceber que poderia exagerar mais na minha estética, muito colorida e cheia de bonecos, a partir do visual do show”, explica a cantora, que, depois de pensar apenas no disco, passou a considerar a criatividade no palco. “Isso me deixa mais livre para colorir e brincar com as palavras. Falar de coisas bem mais simples”, reconhece.
Com algumas canções prontas – 'Com você', 'Versinho' e 'A nossa sombra' – e o projeto já aprovado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Érika Machado conseguiu aprová-lo também no programa Natura Musical, agendando o estúdio para abril e o lançamento para outubro, em plena Semana da Criança. A produção terá assinatura de John Ulhoa, guitarrista do Pato Fu.
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O público infantil sempre esteve “bem presente” no trabalho da cantora e costumava marcar presença na plateia já no início da carreira. “Isso até me assustava, parecia incômodo na época”, afirma Érika, que não fazia música para crianças, mas, aos poucos, descobriu que seu trabalho atingia diversas camadas. “Fui percebendo que minhas composições tinham linguagem simples, num universo que permitia muitas possibilidades de leitura”, conta Érika.
Apesar de nunca terem ido em frente, ela chegou a criar projetos para o segmento tendo como parceiros Tulipa e Gustavo Ruiz, Cecília Silveira e Fernanda Takai, do Pato Fu. Depois da temporada de três anos em Portugal, onde cursou mestrado em crítica de arte na Universidade de Coimbra (com tema inspirado em poema de Manoel de Barros, O inventário da insignificância), ela concluiu que seria interessante fazer um disco direcionado a “todas as idades”.
“Minha estética é lúdica, quase infantil”, afirma a cantora, que, na última temporada da novela adolescente Malhação, da TV Globo, emplacou na trilha a música No cimento. Além disso, a voz e a criação musical suaves de Érika Machado marcaram presença no programa infantil Dango balango, produzido pela Rede Minas e exibido pela TV Brasil, e na série juvenil Tudo que é sólido pode derreter, da TV Cultura. No cinema, Desenrola, de Rosane Svartman, que tem uma adolescente como protagonista, também tem No cimento na trilha.
“Comecei a perceber que poderia exagerar mais na minha estética, muito colorida e cheia de bonecos, a partir do visual do show”, explica a cantora, que, depois de pensar apenas no disco, passou a considerar a criatividade no palco. “Isso me deixa mais livre para colorir e brincar com as palavras. Falar de coisas bem mais simples”, reconhece.
Com algumas canções prontas – 'Com você', 'Versinho' e 'A nossa sombra' – e o projeto já aprovado na Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Érika Machado conseguiu aprová-lo também no programa Natura Musical, agendando o estúdio para abril e o lançamento para outubro, em plena Semana da Criança. A produção terá assinatura de John Ulhoa, guitarrista do Pato Fu.