Gravado em seu estúdio caseiro, com equipamento analógico e produção de Mark “Spike” Stent, 'Innocents' é classificado por Moby como “música new age bem intencionada da Califórnia”. Vegano, defensor dos animais, cristão, ecologista e ex-punk, ele elenca como grande prazer ouvir Led Zeppelin, Donna Summer, Debussy e Bad Brains, e classifica esse como o disco que gostaria de fazer desde o início da carreira. Mas não esperem aqui o brilhantismo de 'Animal rights' (1966) e 'Play' (1999).
Moby continua melancólico, tradutor de diversos tipos de tristeza, misturador de elementos de soul, techno, pop e eletrônico com cordas e climas que fez alguém classificá-lo como uma espécie de John Williams da música eletrônica. Outra feliz comparação é ter sido chamado de “Woody Allen dos músicos”, pela capacidade de agregar vozes às suas empreitadas.
Desta vez, as participações incluem três cantores: Wayne Coyne, dos Flaming Lips, Mark Lanegan (Queens of Stone Age, Screaming Trees) e o ídolo folk Damien Jurado. E as cantoras Skylar Grey (Eminem e Rihanna), Cold Specks e Inyan Bassey. O álbum, que vai do intimismo ao épico em questão de segundos, traduz o espírito (in)quieto de um artista que revela ter crescido solitário entre livros, enquanto os colegas praticavam esportes e faziam amigos.