“O piano é a melhor bateria do mundo. O violão é um piano de peito. Já o baixo é a alma da música: ele acalanta, dá a volta e abraça, proporcionando conforto.” As conclusões são do multi-instrumentista Arismar do Espírito Santo, de 57 anos, que lança o disco 'Roupa na corda' (Maritaca) para comemorar seus 40 anos de carreira.
Gravado em uma fazenda em Itapetininga, no interior de São Paulo, o disco reúne melodias que marcaram a trajetória de Arismar. Dezesseis temas inéditos vão do samba ao xote, passando por valsa, choro-canção e afoxé.
Em companhia de Lea Freire (flautas e flautão) e Fábio Peron (bandolim 10 cordas e bandolão), com direito a participações dos filhos Bia Goes (voz em 'Arco de pua e Canal 1') e Thiago Espírito Santo (baixo em 'Jaco no Jabour'), Arismar (piano, guitarra, violão sete cordas e baixo) comanda uma verdadeira “orquestra imaginária”. Nesse disco, a função rítmica é cumprida por instrumentos variados, embora às vezes a bateria pareça presente.
“A música nasceu da batucada”, constata Arismar, lembrando que o ritmo é responsável pela pulsação. “Em compensação, o violão é um bumbo (parte de cima), enquanto sua parte de baixo é uma caixa”, diz. Com cinco discos solo de baixo e/ou violão “e um monte de outros repletos de convidados”, o músico informa que em 'Roupa na corda' há muito baixo, embora ele se exercite em vários instrumentos. Os arranjos foram feitos especialmente para a imaginária orquestra que o acompanha.
VIOLÃO
“A procura pela música instrumental cresceu muito no Brasil”, afirma ele, constatando que à medida que o gênero vai se mostrando, o público o absorve. A estreia de Arismar se deu ao violão, “ainda molequinho”, na cidade natal, Santos (SP). Filho da cantora de rádio Aracy Lima, ele conta, emocionado, que o pai conheceu a mãe pela voz. “Ele foi atrás dela na rádio”, diz, lembrando-se carinhosamente do representante comercial, tocador de violão nas horas vagas e ex-jogador de basquete.
“Lá em casa, sempre foi mais samba do que choro”, recorda o multi-instrumentista, “mordido” pelo baixo acústico ao tocar na noite paulistana em 1977. De 1974 a 1977, Arismar se dedicou à bateria. Desde então, ele não parou mais, estendendo seu talento a outros instrumentos – inclusive à guitarra, com a qual animou muitos bailes. Daí a sua desenvoltura ao comparar os instrumentos em falas carregadas de afeto.
Pai da cantora Bia Goes e do baixista e guitarrista Thiago do Espírito Santo, ele fala com carinho da caçula Maria Júlia, de 12. Maju é autora das inspiradas ilustrações da capa de 'Roupa na corda'. O lançamento oficial do disco está marcado para segunda-feira, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, na capital paulista.
REPERTÓRIO
>> Dia santo
>> Envaidecida
>> Arco de pua
>> Outonal
>> Venina
>> Pensa na labareda
>> Jaco no Jabour
>> Canal 1
>> Roupa na corda
>> Jambo de Iracema
>> Aracy
>> O xote virou
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“A música nasceu da batucada”, constata Arismar, lembrando que o ritmo é responsável pela pulsação. “Em compensação, o violão é um bumbo (parte de cima), enquanto sua parte de baixo é uma caixa”, diz. Com cinco discos solo de baixo e/ou violão “e um monte de outros repletos de convidados”, o músico informa que em 'Roupa na corda' há muito baixo, embora ele se exercite em vários instrumentos. Os arranjos foram feitos especialmente para a imaginária orquestra que o acompanha.
VIOLÃO
“A procura pela música instrumental cresceu muito no Brasil”, afirma ele, constatando que à medida que o gênero vai se mostrando, o público o absorve. A estreia de Arismar se deu ao violão, “ainda molequinho”, na cidade natal, Santos (SP). Filho da cantora de rádio Aracy Lima, ele conta, emocionado, que o pai conheceu a mãe pela voz. “Ele foi atrás dela na rádio”, diz, lembrando-se carinhosamente do representante comercial, tocador de violão nas horas vagas e ex-jogador de basquete.
“Lá em casa, sempre foi mais samba do que choro”, recorda o multi-instrumentista, “mordido” pelo baixo acústico ao tocar na noite paulistana em 1977. De 1974 a 1977, Arismar se dedicou à bateria. Desde então, ele não parou mais, estendendo seu talento a outros instrumentos – inclusive à guitarra, com a qual animou muitos bailes. Daí a sua desenvoltura ao comparar os instrumentos em falas carregadas de afeto.
Pai da cantora Bia Goes e do baixista e guitarrista Thiago do Espírito Santo, ele fala com carinho da caçula Maria Júlia, de 12. Maju é autora das inspiradas ilustrações da capa de 'Roupa na corda'. O lançamento oficial do disco está marcado para segunda-feira, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, na capital paulista.
REPERTÓRIO
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>> Envaidecida
>> Arco de pua
>> Outonal
>> Venina
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>> Aracy
>> O xote virou