A banda é nova, mas o estilo e as influências vêm do passado. Sem contrabaixo, com duas guitarras e bateria, o grupo tenta fazer um garage rock puro e selvagem, inspirado por bandas como The Cramps, Stooges, New York Dolls, entre outras referências do glam e do punk rock do final dos anos 60 e começo dos 70.
O trio surgiu quando Mauro Novaes, de 25 anos, e Rodrigo Facada, 35, tiveram a ideia de convidar para formar a banda uma das figuras mais conhecidas do underground belorizontino: Claudão Pilha, 49. Três diferentes gerações, unidas por um gosto musical comum e pela vontade de fazer algo novo e próprio.
Tocar um rock autoral e alternativo em Belo Horizonte não será novidade para o Dead Pixels. O baterista Mauro Novaes já fez parte de outras bandas desse cenário, como as extintas Jet Kids e Irônika. Claudão Pilha, guitarrista e vocalista, já deu sua sempre marcante contribuição em grupos como o Estrume'n'tal e Os Meldas, na década de 90. Para eles, fazer um som próprio não é problema: "A gente se sente muito mais à vontade tocando nossas próprias músicas do que dos outros e acreditamos que com a nossa qualidade podemos conquistar nosso espaço', explica Mauro.
Segundo os integrantes, a banda já conta com 14 canções, todas com letras em inglês. Será a primeira apresentação desde que começaram a ensaiar juntos, em julho.
Abertura por conta do Black O'Hannas
O show de estreia do Dead Pixels contará com a abertura de outra banda autoral de BH. Formada em 2010, o Black O'Hannas mistura o punk rock com outros estilos, sob influências antigas e contemporâneas, como The Hives, King Crimson, Frank Zappa e Dead Kennedys. Além de guitarra, baixo e bateria, eles dispõem também de um sintetizador, que dá uma pegada psicodélica ao som do grupo.
Dead Pixels
Show de abertura com Black O'Hannas. Quinta-feira, 28 de novembro, às 22h. A Obra (Rua Rio Grande do Norte, 1168 – Funcionários). Ingressos a R$ 10. 18 anos. Informações: (31) 3261-9431.