Alguns compositores dizem que todo instrumento novo traz uma música inédita para seu dono. Affonsinho é um deles. Entretanto, o violão folk (cordas de aço) feito pelo luthier Max Rosa lhe trouxe não uma, mas nove canções. Mesmo já tendo lançado disco em maio ('Trópico de peixes'), resolveu não perder tempo: gravou todas elas em 12 dias e lança nesta quinta-feira à noite no Teatro Alterosa, em Belo Horizonte, o novo álbum 'Depois de agora'. Kadu Vianna, Trio Amaranto, Péricles Garcia e Denise Reis são os convidados especiais.
“A relação do músico com um instrumento novo é como se fosse com uma namorada nova. A gente fica com vontade de ficar com ela o dia inteiro. O instrumento puxa a vontade de ficar perto dele e, assim, as músicas surgem”, explica Affonsinho. Não por acaso, ele não toca guitarra no disco, mas apenas o violão recém-comprado. Seu filho Fred (baixos elétrico e acústico) forma a banda que o acompanhou na gravação, ao lado de Christiano Caldas (pianos elétricos e acústico) e Felipe Continentino (bateria).
As nove músicas são assinadas por ele, mantendo a pegada pop em boas canções cujas letras rondam quase sempre em torno do amor. Compositor habilidoso, soube evitar a pieguice e “rasteirice”, fazendo graça com o sotaque mineiro (“sas sies sions pass nassa vass”, em Sas sies sions) e entregando ao ouvinte versos como o da faixa-título: “Não ouço mais o que eu não quero/ Finquei o pé no vento azul/ Se o pensamento quer me ver triste/ Passo a perna nele e faço um blue”.
Sobre a frequência com que tem lançado discos (um por ano, ultimamente), Affonsinho afirma: “Não faço música para o mercado. BH tá fora do eixo Rio-São Paulo e eu, fora de novela. Lanço discos para as pessoas que me ouvem no rádio. Numa gravadora, nunca lançaria dois discos, pois teria de esperar, trabalhar cada um. Não quero ficar com música guardada. Na época em que fazia parte do Hanói-Hanói, a gente perdeu música esperando gravadora lançar disco. O Ultraje a Rigor lançou uma do mesmo tema”.
Depois de agora
Show de lançamento do disco de Affonsinho. Quinta-feira, às 21h, no Teatro Alterosa – Avenida Assis Chateaubriand, 499, Floresta. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), à venda na bilheteria ou pelo site www.ingressorapido.com. Informações: (31) 3237-6611
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As nove músicas são assinadas por ele, mantendo a pegada pop em boas canções cujas letras rondam quase sempre em torno do amor. Compositor habilidoso, soube evitar a pieguice e “rasteirice”, fazendo graça com o sotaque mineiro (“sas sies sions pass nassa vass”, em Sas sies sions) e entregando ao ouvinte versos como o da faixa-título: “Não ouço mais o que eu não quero/ Finquei o pé no vento azul/ Se o pensamento quer me ver triste/ Passo a perna nele e faço um blue”.
Sobre a frequência com que tem lançado discos (um por ano, ultimamente), Affonsinho afirma: “Não faço música para o mercado. BH tá fora do eixo Rio-São Paulo e eu, fora de novela. Lanço discos para as pessoas que me ouvem no rádio. Numa gravadora, nunca lançaria dois discos, pois teria de esperar, trabalhar cada um. Não quero ficar com música guardada. Na época em que fazia parte do Hanói-Hanói, a gente perdeu música esperando gravadora lançar disco. O Ultraje a Rigor lançou uma do mesmo tema”.
Depois de agora
Show de lançamento do disco de Affonsinho. Quinta-feira, às 21h, no Teatro Alterosa – Avenida Assis Chateaubriand, 499, Floresta. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada), à venda na bilheteria ou pelo site www.ingressorapido.com. Informações: (31) 3237-6611