'Disco' chegou ao público via conta-gotas virtual, disponilizando na internet quatro faixas: 'Muito muito pouco', em junho; 'Dizem – Quem me dera', em julho; 'Ela é tarja preta', em agosto; e 'Vá trabalhar', em setembro. Enquanto isso Arnaldo estava ainda em processo de gravação do álbum, produzido por Betão Aguiar e Gabriel Leite, com direito a arranjos de cordas, metais e madeiras. Além de parcerias inéditas com João Donato, Caetano Veloso, Céu e Hyldon, Betão Aguiar, Felipe Cordeiro, Luê e Manoel Cordeiro, Márcia Xavier, Lenora de Barros e Mag, o 13º álbum solo de Arnaldo Antunes traz ainda composições com parceiros de longa data, como Marisa Monte e Dadi Carvalho e Nando Reis.
Tematicamente, o cantor e compositor admite a existência de elos entre as composições – “Uma conversa meio com a outra”, diz –, ainda que algumas, em sua opinião, tenham um “olhar crítico mais contundente”. Verdade que há faixas não tão inéditas assim. 'O fogo', com João Donato, por exemplo, já havia sido gravada pelo parceiro no disco que ele fez com Emílio Santiago. Com parte mais serena de canções e outra de rock mais pesado, 'Disco' tem tudo para conquistar segmentos diferentes de fãs do ex-titã.
Apesar de ter começado a gravação com a banda com a qual vem se apresentando, atualmente, aos poucos 'Disco' foi-se abrindo para diferentes sonoridades, o que levou Arnaldo a convocar convidados como Daniel Jobim (piano) e Mônica Salmaso, além de uma novidade no trabalho do artista: a participação de um quarteto de cordas e naipe de metais, com os quais ainda não havia trabalhado antes. Edgard Scandurra, Chico Salém, Davi Moraes e Pedro Sá (guitarras), Curumim (bateria) e Marcelo Jeneci (teclados e sanfonas) completaram o time de músicos no estúdio.