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“Já musiquei uma letra que Vander Lee me mandou, mas, a princípio, vou gravar 'Onde Deus possa me ouvir', que tenho cantado em shows e o público aprovou. Gosto muito de Esperando aviões”, revela o cearense. “Vander Lee foi uma grata surpresa para mim. Trata-se de um cara sensível e antenado”, elogia. Eles se aproximaram graças a um amigo em comum: Zeca Baleiro.
Crítica
“Brega, eu?”, reage o cantor cearense, salientando ter adorado a fase em que a crítica o acusou de apostar na breguice para vender. Segundo ele, esse foi o preço de ter se aproximado do público por meio de canções como 'Borbulhas de amor', bolero do dominicano José Luiz Guerra, cuja letra ganhou versão em português de ninguém menos que o poeta Ferreira Gullar. Naqueles anos 1980, Fagner musicou e gravou também o poema 'Fanatismo', da portuguesa Florbela Espanca. “Hoje, brega é moda”, constata, divertido, lamentando o fato de seu repertório oitentista não ter soado bem aos ouvidos da crítica.
Indiferente à crise da indústria fonográfica, ele diz que o público pede disco e repertório novos. “O mercado é sempre assim”, constata Fagner, observando que a pirataria e a internet prejudicaram os artistas. “A PEC da Música vem ajudar a aquecer o mercado. Agora, vamos ter um novo modelo com o fim da cobrança de impostos”. Para ele, a isenção trará reflexos positivos para artistas e showbusiness. Além de artista, Fagner é empresário, dono de emissoras de rádio no Nordeste. “Seja em que formato for, a questão, de agora em diante, é apostar na criatividade”, avisa.
A temporada mineira do compositor está prevista apenas para o ano que vem, provavelmente já com o novo CD. “O disco está romântico, mas tem pegada pop, para cima, com baladas e instrumental atualizado”, anuncia Fagner. Parte do novo trabalho foi gravado em Fortaleza e a finalização é feita no estúdio carioca de Michael Sullivan.
Hipocrisia
Aos que o acusaram de irascível – sobretudo no início de carreira –, Fagner responde: não é hipócrita. “Sempre fui um cara contundente, que não gosta de botar panos quentes nas coisas”, afirma, dizendo que, recentemente, surgiram articulações de “oportunistas como o grupo Procure Saber” (liderado pela empresária Paula Lavigne, ex-mulher de Caetano Veloso), querendo assumir a paternidade da PEC da Música. Há anos Fagner faz lobby junto aos congressistas a favor da isenção de impostos para discos de autores nacionais.
Sem preconceito
