Aos 26 anos, Frederico Heliodoro começa a dar vazão à brasilidade em seu trabalho autoral, como se percebe no disco 'Verano'. No terceiro CD solo, o contrabaixista e compositor inicia um flerte com a diversidade rítmica brasileira. “Sempre fui mais roqueiro do que qualquer outra coisa, mas, depois de tocar com o Ramo, comecei a me interessar por Hermeto Pascoal e outros nomes da nossa música instrumental, revela. Em 2009, ele trabalhou com o grupo formado por Daniel Pantoja (flautas), Felipe José (violoncelo, flauta e violão), Rafael Martini (piano e violão) e Antônio Loureiro (bateria).
Recém-chegado dos Estados Unidos, onde acompanhou Loureiro e Joana Queiroz na edição nova-iorquina do Savassi Jazz Festival, o filho do cantor e compositor Affonsinho diz que se sente mais à vontade para ousar depois de fazer três discos de “cara acústica”, privilegiando a sonoridade jazzística mineira e brasileira. “O próximo trabalho será uma coisa elétrica, com banda grande e músicas cantadas”, anuncia.
Feito ao vivo em estúdio, 'Verano' é o primeiro CD de Frederico Heliodoro em trio. “Como todo baixista de jazz americano tem disco em trio, pensei: ‘É tão fácil’”, conta. Piano, violão e baixo são os instrumentos que Heliodoro usa para compor. Desta vez, a maioria das canções foi criada ao piano. Influenciado pelo rock dos anos 1970 e pelo blues, com atenção especial para Jimi Hendrix e B. B. King, o músico conta que desde cedo quis se apresentar em bares de BH com ídolos como Chico Amaral, André “Limão” Queiroz e Enéias Xavier. A partir de então, formou a própria banda para tocar o que queria.
Resultado: o jovem baixista passou a criar as próprias oportunidades. “Vi em Nova York que todos têm projetos próprios”, observa Frederico Heliodoro, consciente de estar no caminho certo. “Muita gente faz esse tipo de música por aqui também”. Ele cita tanto Pedro Martins e Felipe Viegas, em Brasília, quanto Pablo Passini, Felipe Continentino e Mateus Barbosa, em BH, como companheiros de sua geração, adepta do chamado jazz brasileiro.
A opção por gravar discos sem vínculo com editais ou leis de incentivo tem seu preço, afirma Fred Heliodoro. “Isso exige generosidade e organização”, explica o baixista, referindo-se à necessidade de criar as próprias oportunidades num mercado a cada dia mais complicado. Prova disso são suas apresentações no eixo Rio de Janeiro/São Paulo, além de Brasília e de Nova York, onde morou por três meses, em 2010.
“Cavei espaço”, resume Fred. Além dos cachês que ganhou, ele próprio vendeu seus discos. “Como em Belo Horizonte já conhecem meu trabalho, preciso correr atrás de outras cidades”, explica. Felipe Continentino (bateria) e Marcus Abjaud (piano) são os companheiros dele em 'Verano'.
TURNÊ
Produzido e arranjado por Fred Heliodoro, 'Verano' traz as autorais 'Vida nova outra vez', 'Festa de fim de mundo', 'Topo do mundo', 'Louco sertanejo', 'Riza' e 'MBS', além da faixa-título. O CD conta com a participação do pianista André Mehmari. O show de lançamento está agendado para 9 de outubro, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. Em novembro, Heliodoro levará o novo trabalho ao Jazz B, em São Paulo. Ele também vai se apresentar no Niterói Jazz Festival e Leblon Jazz Festival. Rio de Janeiro, Diamantina e Ipatinga estão na agenda.
Ouça às faixas 'Topo do mundo' e 'Vida nova outra vez', do disco 'Verano' de Frederico Heliodoro:
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Feito ao vivo em estúdio, 'Verano' é o primeiro CD de Frederico Heliodoro em trio. “Como todo baixista de jazz americano tem disco em trio, pensei: ‘É tão fácil’”, conta. Piano, violão e baixo são os instrumentos que Heliodoro usa para compor. Desta vez, a maioria das canções foi criada ao piano. Influenciado pelo rock dos anos 1970 e pelo blues, com atenção especial para Jimi Hendrix e B. B. King, o músico conta que desde cedo quis se apresentar em bares de BH com ídolos como Chico Amaral, André “Limão” Queiroz e Enéias Xavier. A partir de então, formou a própria banda para tocar o que queria.
Resultado: o jovem baixista passou a criar as próprias oportunidades. “Vi em Nova York que todos têm projetos próprios”, observa Frederico Heliodoro, consciente de estar no caminho certo. “Muita gente faz esse tipo de música por aqui também”. Ele cita tanto Pedro Martins e Felipe Viegas, em Brasília, quanto Pablo Passini, Felipe Continentino e Mateus Barbosa, em BH, como companheiros de sua geração, adepta do chamado jazz brasileiro.
A opção por gravar discos sem vínculo com editais ou leis de incentivo tem seu preço, afirma Fred Heliodoro. “Isso exige generosidade e organização”, explica o baixista, referindo-se à necessidade de criar as próprias oportunidades num mercado a cada dia mais complicado. Prova disso são suas apresentações no eixo Rio de Janeiro/São Paulo, além de Brasília e de Nova York, onde morou por três meses, em 2010.
“Cavei espaço”, resume Fred. Além dos cachês que ganhou, ele próprio vendeu seus discos. “Como em Belo Horizonte já conhecem meu trabalho, preciso correr atrás de outras cidades”, explica. Felipe Continentino (bateria) e Marcus Abjaud (piano) são os companheiros dele em 'Verano'.
TURNÊ
Produzido e arranjado por Fred Heliodoro, 'Verano' traz as autorais 'Vida nova outra vez', 'Festa de fim de mundo', 'Topo do mundo', 'Louco sertanejo', 'Riza' e 'MBS', além da faixa-título. O CD conta com a participação do pianista André Mehmari. O show de lançamento está agendado para 9 de outubro, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. Em novembro, Heliodoro levará o novo trabalho ao Jazz B, em São Paulo. Ele também vai se apresentar no Niterói Jazz Festival e Leblon Jazz Festival. Rio de Janeiro, Diamantina e Ipatinga estão na agenda.
Ouça às faixas 'Topo do mundo' e 'Vida nova outra vez', do disco 'Verano' de Frederico Heliodoro: