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Além do canto, que estudou desde criança, Lana foi aluna de filosofia, letras e biblioteconomia, mas seu sonho era ser funcionária do Itamaraty. Estudou várias línguas e se tornou especialista em gravar sucessos internacionais sem sotaque. Muitas vezes, num mundo sem internet, chegou a registrar sua versão de hits de Doris Day ou Petula Clark antes que os fonogramas originais chegassem por aqui. E pelo menos num caso, quando registrou o calypso 'Litlle darlin’, em 1957, chegou a vender mais do que o original, dos Platers. Só nos primeiros 15 dias, o compacto vendeu mais de 900 mil cópias.
Filha de um oficial gaúcho importante na Intentona de 1930, foi perseguida pela ditadura militar e, depois do álbum ao vivo 'Lana no 1.800' (1965), ficou mais de 10 anos impedida de pisar o solo brasileiro tendo que vagar pelo mundo, cantando no México, Itália, França (onde morou no apartamento de Vinícius e Lila) e outros países. Foi anistiada em 1985, mas acabou se tornando uma artista de palcos pequenos e poucos discos independentes.
Nas 23 faixas do disco oficial (com Alcione em três músicas), mais cinco num show extra, com presenças de Ney Matogrosso, Rogéria e Mariana Braga, ela desfila sua versatilidade com estilo e elegância.