O Rappa voltou com tudo a que tem direito. No novo disco, 'Nunca tem fim', que começa a ser vendido hoje na internet, o grupo recupera a urgência do discurso em defesa de temas sociais, a revolta com a política, ao tratamento dado às periferias e, na outra ponta, uma fala mais articulada em relação às redes sociais, aos novos horizontes musicais e ao amadurecimento profissional que marca os 20 anos de trajetória da banda. Na coletiva de imprensa de lançamento no estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, onde gravaram as vozes das 10 faixas, não faltaram ainda descontração e um clima positivo em relação à fase atual. Nem sempre foi assim.
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As coisas voltaram ao eixo logo que a conversa mudou para o que seria o novo disco. Nos últimos nove meses, não fizeram outra coisa. Cada um à sua maneira, os músicos passaram a compor, trazendo contribuições que iam sendo divididas com os outros. “Chegou a um momento em que a gente precisava de um organizador daquilo”, ressalta Falcão. “A criatividade aqui é um prazer. Um ouve a música do outro e todos ficam por dentro do que passa na cabeça do parceiro. Aí foi a hora de chamar o Tom Saboia para poder organizar as nossas composições. De fora ele foi mais um Rappa. No estúdio, modéstia à parte, somos maneiros. Mas não contar com uma visão musical de fora era estupidez naquele momento”, conclui o vocalista, para quem, depois de tudo, o que mais os interessa é estar juntos no palco.
Assista ao clipe de 'Anjos (Pra quem tem fé)', de O Rappa:
O repórter viajou a convite da Warner.