Venturini se apresenta acompanhado de banda formada por César Santos (guitarra), Aloísio Horta (baixo), André Godoy (bateria) e Christiano Caldas (teclados). Além de cantar, Flávio Venturini toca violão e teclados. Compositor e instrumentista, ele voltou a viver na Belo Horizonte natal há oito anos. Diz ter encontrado aqui a paz para trabalhar e compor, interagindo cada vez mais com a cidade e seus músicos. O jovem tecladista Christiano Caldas, por exemplo, é uma “aquisição” recente de Venturini. “Confesso que sou chato em relação a tecladistas, mas o Christiano me surpreendeu. Ele faz parte de uma geração ligada”, elogia.
Produzido ao longo de um ano e meio, o disco que Flávio Venturini vai lançar em setembro, é o primeiro que teve grande parte gravada no estúdio caseiro que o artista montou na própria casa onde mora, em condomínio de luxo da região metropolitana. “Foi muito bom como primeira experiência. Aprendi muito”, confessa o músico, que gravou também no Rio de Janeiro, com produção de Torquato Mariano.
Dono do próprio selo, Trilhos, pelo qual incentivou novos talentos como Aggeu Marques, Bárbara Mendes e Maurício Oliveira, Venturini diz que está negociando a distribuição do novo CD com um selo de projeção nacional. Dividido entre a carreira solo e as participações nos grupos O Terço e 14 Bis, ele ainda se dá ao luxo de aceitar convites como o do produtor Pedrinho Alves Madeira, que o terá no projeto Compositores.Br cantando Marina Lima, em outubro. “Gosto muito dela como compositora, além do que gravou como intérprete”, derrama-se pela carioca.
Com 'O Terço', Flávio Venturini prepara o lançamento do primeiro DVD em 3D. O show será realizado mês que vem, em São Paulo. Com o 14 Bis ele prossegue nas comemorações dos 30 anos da banda, hoje liderada pelo irmão Cláudio Venturini. Mais recentemente, Flávio estreou no Teatro Domus Áurea, do condomínio onde mora, show instrumental que pretende levar adiante em pequenos teatros e festivais.
FLÁVIO VENTURINI & BANDA
Neste sábado, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Abertura com a cantora Déa Trancoso. Ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada). Informações: (31) 3236-7400.
O disco
Além de regravar Todo azul do mar e Até outro dia – esta última da parceria com Kaká Raimundo –, Flávio Venturini registrou o Hino ao amor, de Edith Piaf, em versão de Odair Marzano, assim como Leãozinho, de Caetano Veloso. As inéditas Enquanto você não vem, de André Mehmari e Murilo Antunes, e Sol interior, de Flávio e Márcio Borges, também estão no repertório, que tem ainda Tarde solar, que ele compôs com Alexandre Blasifera. Ivan Lins é o convidado da faixa, enquanto o franco-senegalês verteu A cor desse mistério (Comme il vient), de Márcio Borges, para ele cantar em francês.