

Reunindo 32 músicas do repertório atemporal de Nana, com participações de estrelas como Milton, Bethânia, Gilberto Gil, Tom Jobim, João Donato, Erasmo Carlos, Mart’nália, Sueli Costa e o irmão Dori Caymmi, o documentário é fiel à personalidade da filha de Dorival Caymmi, que faz uma aparição menor.
O filme, cuja produção despendeu cerca de seis anos de produção, foi gravado durante os últimos anos de vida dos pais da cantora. E chegou ao público depois que a primeira versão, devidamente apresentada a Nana e Bethânia, responsável pelo lançamento em DVD por seu selo Quitanda, foi reeditada, por questões artísticas do diretor e dificuldades com liberação de direitos autorais de algumas imagens.
Exuberante como as paisagens que intercalam os números musicais, Nana aparece com seus rompantes de sinceridade (como quando diz não entender nem nunca ter cantado repertório da Tropicália e ao criticar a produção musical recente), seus palavrões, sua paixão pelo canto clássico. E até quando não economiza elogios à própria performance: “Eu me adoro cantando”, enquanto cantarola durante uma carteado com amigos, em que se pode ver a assessora de imprensa e divulgadora Ivone Kassu, falecida recentemente.