“Há muito descaso com a saúde, a educação e a infraestrutura em geral, na forma com que a política é feita, atualmente”, denuncia o baterista e vocalista, lembrando que o segundo disco da banda, que está sendo lançado agora, pela Universal Music, teria sido feito a duras penas por quatro jovens de Fortaleza, onde ainda “não há cabeça aberta” para se viver de rock.
Indicada na categoria aposta do VMB 2012, da MTV, Selvagens à Procura de Lei teria sido influenciada pelos guitarristas John Frusciante, Jack White e Fernando Catatau, além de Beatles, Lobão, Cazuza e Renato Russo. “Temos uma ligação forte também com os anos 1970: Novos Baianos, Belchior, Fagner, Clube da Esquina”, revela Nicholas Magalhães, admitindo, ainda, certa influência de Planet Hemp, já que o produtor da banda, David Corcos, chegou a produzir, também, Marcelo D2.
“Porque eu sou brasileiro/ Meu ano só começa quando passa fevereiro/ Pobre, rico ou classe média/ Levante a mão quem já sentiu puxar a sua rédea”, dizem os versos da canção. “Queremos adicionar algo para o país”, confessa o vocalista e baterista, salientando a importância da temática romântica no trabalho da banda.
Nicholas e Gabriel são amigos de infância, vizinhos de prédio, enquanto o vocalista-guitarrista Rafael Martins e o baixista Caio Evangelista convivem desde a alfabetização. A banda que reúne velhos jovens amigos foi criada há cerca de três anos, atendendo a um desejo de Gabriel. O primeiro disco, 'Aprendendo a mentir', independente, data de 2010.
O batismo da banda, a princípio exótico, veio do desejo da própria garotada de algo que desse uma imensa abrangência. Durante aula de direito, na década de 1980, um dos integrantes da formação ouviu de um professor, que falava da condição humana na sociedade, a seguinte frase: “Todos nós somos selvagens à procura de lei”. Resultado: estava escolhido o nome da banda, que tem conquistado fãs.