O namoro com uma belo-horizontina acabou, mas o guitarrista Pablo Passini ficou na cidade, para a sorte do público. Argentino radicado na capital desde 2010, ele foi um dos quatro vencedores principais da última edição do Prêmio BDMG Instrumental, realizado no mês passado. Apresentou ótima performance ao lado da banda formada por jovens talentos e 'Rocolero', composição autoral que impressionou. Essa, aliás, será uma das faixas de 'Niños', seu primeiro disco, que será lançado em julho no Savassi Festival.
“Fui muito bem recebido em Belo Horizonte. O povo daqui é receptivo. Há algumas diferenças entre os músicos, mas eles são muito mais relaxados que nas metrópoles em geral”, analisa Pablo, de 31 anos. O guitarrista chegou à cidade sem conhecer ninguém e hoje está adaptado ao ambiente musical mineiro. Além do bem entrosado grupo que ele montou para dar forma a suas composições, ensina guitarra e violão na escola Pro-Music e em sua casa, além de tocar com vários artistas. Apresenta-se até em shows de forró.
Nascido em Azul, na província de Buenos Aires, Pablo se formou em violão há cinco anos pela Universidade Nacional de La Plata. Estudou um pouco de composição e, mais tarde, morando em Buenos Aires, dividia o tempo entre a colaboração com um quarteto instrumental, a produção de discos para o público infantil e apresentações praticamente diárias com uma cantora num hotel da cidade.
O argentino chegou a BH com bolsa para estudar na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, onde atualmente desenvolve dissertação de mestrado sobre improvisação – seu foco está na música feita pelo trio Paul Motian (bateria), Bill Frisell (guitarra) e Joe Lovano (saxofone tenor). “Eles chegam a um clímax que parece caótico, mas está controlado”, explica Pablo. Frisell e Jim Hall são dois dos guitarristas que mais o influenciaram.
Conexões
Por falar em referências, Pablo assume: os colegas de banda são os músicos que mais o influenciam na hora de compor. O quinteto é formado por ele, Breno Mendonça (saxofone, outro vencedor do BDMG Instrumental na categoria melhor instrumentista), Frederico Selva (vibrafone), Frederico Heliodoro (baixo) e Felipe Continentino (bateria). Os dois últimos já lançaram discos. “Escrevo para eles, não me imagino tocando essas músicas com outras pessoas”, justifica.
Não por acaso, esse foi o time que marcou presença em 'Niños', o primeiro disco do argentino, gravado em BH durante dois dias. Serão oito ou nove faixas, todas assinadas por ele. “Ao compor, tento definir as partes de todo mundo, mas quando tocamos surgem muitas ideias e terminamos de decidir como será o groove de cada faixa. Todos estudaram o que estudei: jazz e improvisação. É uma escola muito rica”, conta o guitarrista.
“Gosto muito do Felipe, do Frederico Heliodoro, do Rafael Martini e do Breno Mendonça, um dos músicos mais intuitivos e talentosos que conheço. Heliodoro é um cara vanguardista, e Felipe, baita baterista, chega com muita energia. Também gosto muito do Selva, que é muito jovem e talentoso, com muita maturidade musical”, elogia. Para ele, o grupo tem entrosamento suficiente para tocar de forma relaxada e fazer com que cada apresentação seja diferente.
Forró
Paralelamente, Pablo forma duo com o violoncelista Felipe José, além de se apresentar com a Big Band do Palácio das Artes e com os grupos do baterista Felipe Continentino e do pandeirista Túlio Araújo. Na primeira segunda-feira de cada mês, toca forró no Bar A Casa com o acordeonista Lucas Viotti e a banda formada por Túlio Araújo, Jean Amaro (triângulo) e Fred Santos (zabumba).
“Fazemos forró tradicional e cantado. Tenho solo de guitarra em alguns momentos, em outros dobro a melodia com a sanfona”, conta Pablo.
“Fui muito bem recebido em Belo Horizonte. O povo daqui é receptivo. Há algumas diferenças entre os músicos, mas eles são muito mais relaxados que nas metrópoles em geral”, analisa Pablo, de 31 anos. O guitarrista chegou à cidade sem conhecer ninguém e hoje está adaptado ao ambiente musical mineiro. Além do bem entrosado grupo que ele montou para dar forma a suas composições, ensina guitarra e violão na escola Pro-Music e em sua casa, além de tocar com vários artistas. Apresenta-se até em shows de forró.
Nascido em Azul, na província de Buenos Aires, Pablo se formou em violão há cinco anos pela Universidade Nacional de La Plata. Estudou um pouco de composição e, mais tarde, morando em Buenos Aires, dividia o tempo entre a colaboração com um quarteto instrumental, a produção de discos para o público infantil e apresentações praticamente diárias com uma cantora num hotel da cidade.
O argentino chegou a BH com bolsa para estudar na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, onde atualmente desenvolve dissertação de mestrado sobre improvisação – seu foco está na música feita pelo trio Paul Motian (bateria), Bill Frisell (guitarra) e Joe Lovano (saxofone tenor). “Eles chegam a um clímax que parece caótico, mas está controlado”, explica Pablo. Frisell e Jim Hall são dois dos guitarristas que mais o influenciaram.
Conexões
Por falar em referências, Pablo assume: os colegas de banda são os músicos que mais o influenciam na hora de compor. O quinteto é formado por ele, Breno Mendonça (saxofone, outro vencedor do BDMG Instrumental na categoria melhor instrumentista), Frederico Selva (vibrafone), Frederico Heliodoro (baixo) e Felipe Continentino (bateria). Os dois últimos já lançaram discos. “Escrevo para eles, não me imagino tocando essas músicas com outras pessoas”, justifica.
Não por acaso, esse foi o time que marcou presença em 'Niños', o primeiro disco do argentino, gravado em BH durante dois dias. Serão oito ou nove faixas, todas assinadas por ele. “Ao compor, tento definir as partes de todo mundo, mas quando tocamos surgem muitas ideias e terminamos de decidir como será o groove de cada faixa. Todos estudaram o que estudei: jazz e improvisação. É uma escola muito rica”, conta o guitarrista.
“Gosto muito do Felipe, do Frederico Heliodoro, do Rafael Martini e do Breno Mendonça, um dos músicos mais intuitivos e talentosos que conheço. Heliodoro é um cara vanguardista, e Felipe, baita baterista, chega com muita energia. Também gosto muito do Selva, que é muito jovem e talentoso, com muita maturidade musical”, elogia. Para ele, o grupo tem entrosamento suficiente para tocar de forma relaxada e fazer com que cada apresentação seja diferente.
Forró
Paralelamente, Pablo forma duo com o violoncelista Felipe José, além de se apresentar com a Big Band do Palácio das Artes e com os grupos do baterista Felipe Continentino e do pandeirista Túlio Araújo. Na primeira segunda-feira de cada mês, toca forró no Bar A Casa com o acordeonista Lucas Viotti e a banda formada por Túlio Araújo, Jean Amaro (triângulo) e Fred Santos (zabumba).
“Fazemos forró tradicional e cantado. Tenho solo de guitarra em alguns momentos, em outros dobro a melodia com a sanfona”, conta Pablo.