Musica

Cantores e compositores gravam repertório dedicado à cidade do Centro-Oeste mineiro

Simone de Castro

Rhodes Madureira e Vítor Espíndola se inspiraram em projeto dos EUA para criar o Alma de músico
Divinópolis – Valorizar e divulgar a obra de compositores da terra. Com esse objetivo, dois jovens instrumentistas de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, decidiram inovar. Sem verba e apenas com a colaboração de amigos, eles lançaram o projeto Alma de músico.


A proposta é regravar canções de autores divinopolitanos e divulgá-las na internet por meio de iniciativa conjunta e voluntária. O sonho de ver conterrâneos tocando canções criadas na cidade surgiu no final de 2011. Rhodes Madureira, responsável pela produção musical do projeto, e Vítor Espíndola, que assina a produção executiva, inspiraram-se na iniciativa norte-americana Playing for change, que reuniu vários artistas de rua. “A diferença é que fizemos com músicos e canções de Divinópolis”, diz Madureira.

Dez composições selecionadas pelos organizadores farão parte do trabalho. A primeira faixa gravada deu nome à iniciativa. Alma de músico foi composta por Jairo de Lara e Túlio Mourão. Registrada originalmente em 1981 pelo grupo AdCanto, ganhou releitura com 15 artistas.

CLIPE

Cada convidado gravou um trecho em um local tradicional em Divinópolis. O videoclipe terá cenas na fachada do Museu Histórico e no prédio do Teatro Municipal, além de praças, igrejas e mercado municipal.
 
A segunda faixa já está sendo preparada, mas os organizadores preferem manter o repertório em segredo. “Alguns autores ainda não assinaram a liberação das canções. Podemos adiantar que pretendemos intercalar composições antigas com as mais recentes”, adianta Vítor Espíndola. 

O objetivo é lançar um videoclipe a cada dois meses pelo site www.almademusico.com.br. Pelo menos 150 músicos foram convidados e ninguém cobrará cachê.
“Quando tivermos as 10 canções, nossa ideia é produzir um DVD e organizar turnê em cidades mineiras. Queremos que as pessoas conheçam a arte feita em Divinópolis”, conclui Vítor Espíndola.