O grupo subiu ao palco às 23h55 (cinco minutos antes do anunciado) repetiu o setlist do show de São Paulo (dia 07/02), motivo que engrossou o coro dos elogios e reclamações. Os elogios, mais do que justos, pela ótima forma do conjunto, que improvisou em vários momentos e deixou o vocalista bem à vontade no palco. E também não faltaram queixas pelo repertório “engessado”, abrindo mão de pérolas como 'Black capricorn day', 'You give me something', 'Seven days in sunny june', 'King for a day', 'Half the man' ou materiais mais antigos, como 'Too young to die' e 'When you gonna learn'. Também o grupo caprichou no preciosismo em deixar de fora o maior hit 'Virtual insanity' e de delegar uma ínfima parte do seu setlist (apenas uma música) ao mais recente e elogiado trabalho 'Rock dust light star' (2010).
O público foi atração à parte. As expectativas não eram boas, pois o show seria em um local onde boa parte da audiência estava ali mais para “causar” ou “aparecer” do que simplesmente curtir o show. Nos itens do bar, o preço das bebidas variava entre R$ 8 (cerveja lata) a R$ 15 mil (champagne), pois assim é Jurerê Internacional, a meca da elite sul-brasileira. Por sorte, boa parte dos presentes acompanhou Jay Kay nas letras e aplaudiu cada música, sejam elas as consagradas 'Space cowboy', 'Canned heat' e 'Deeper underground' ou as menos conhecidas como 'Twenty zero one' (que abriu o show) e 'Main vein'. O ápice da apresentação foram as canções do mais famoso álbum do grupo no Brasil, o 'Travelling without moving' (1996) e seus sucessos 'Cosmig girl', 'Alright', 'Use the force' e a melhor deles, 'High times'.
O setlist foi irregular, o público foi heterogêneo, mas uma certeza ficou: no terreno pantanoso do funk, soul e disco, o Jamiroquai reina soberano nos últimos 20 anos e ainda faz um ótimo show em qualquer lugar, inclusive nas areias de Floripa. E os cerca de dez mil presentes, certamente saíram satisfeitos.