De quatro anos atrás, época em que lançou o disco de estreia Para aquelas perguntas tortas, para hoje foi um grande salto. Com Diário de um dia (Deck), seu terceiro álbum, a cantora e compositora Roberta Campos inicia fase mais madura, com canções mais elaboradas e conquistando admiração de Paulinho Moska, Frejat, Zélia Duncan e Leoni, que lhe entregaram composições inéditas. Tudo sem perder a impressionante veia pop.
O primeiro CD, lembra a artista (mineira de Caetanópolis), foi totalmente gravado em casa. “Comprei uma guilhotina e fiz os encartes”, lembra. Sem grandes expectativas, Roberta levou o disco para uma rádio paulistana, que imediatamente passou a tocá-lo. Um mês depois, a moça já tinha gravadora. No trabalho seguinte, Varrendo a lua, ela contou com a participação de Nando Reis. Seu último álbum emplacou a faixa Sete dias (parceria com Danielo Oliveira) na trilha da novela Amor eterno amor, da Rede Globo.
Produzido por Rafael Ramos, Diário de um dia tem na instrumentação um de seus diferenciais. A começar pela opção por não usar bateria. A cozinha ficou a cargo do craque Marcos Suzano (percussão) e de Dunga (baixo), com quem Roberta gravou as bases ao vivo. A eles somaram-se Davi Moraes (guitarras) e Humberto Barros (teclados). A cereja do bolo são os arranjos de cordas assinados por Lincoln Olivetti para as canções Quem nos dera e Sete dias.
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“Esse disco está bem diferente. Para começar, não tem muita guitarra, é cheio de arranjos de cordas e o lance de o Suzano ter feito tudo só com percussão foi tudo. Bem moderno, digo que ele é MPB. Misturo de tudo um pouco. Tem algo de folk, que gosto para caramba. Talvez seja pop folk”, teoriza a artista de voz suave e doce. Ela assina a metade das 12 canções sozinha, compôs duas com Carolina Zocoli e outra com Danilo Oliveira.
Completam o repertório Meu nome é saudade de você (Paulinho Moska; que gravou voz e violão), Quem nos dera (Zélia Duncan e Leoni) e Carne da boca (Mauro Santa Cecília, Frejat e Guto Goffi), todas as três inéditas.