Quais mistérios rondam a cabeça de um sujeito que cantava “eu queria ser uma abelha pra pousar na sua flor” e que agora blasfema versos como “eu ressuscitei, não morri, gelei, matei a paixão, não lhe dei a mão; quis lhe estraçalhar...”? Pois, acredite, o Luiz Caldas inventor do axé agora é do heavy metal.
E não só do heavy metal, como também da música indígena, do frevo, do samba e da MPB. Depois de agitar o carnaval em Salvador, em cima de um trio elétrico, o cantor de 46 anos lançará 10 CDs, simultaneamente, cantando os ritmos que o fizeram querer ser músico na adolescência.
“A mídia sempre bancou essa imagem do Luiz Caldas de pés descalços, alegre”, fala o músico de 46 anos, por telefone. “Com esse projeto, vou mostrar que não sei só fazer axé.” São 132 músicas divididas em nove estilos e duas caixas - dessas, 130 foram compostas e gravadas em menos de um ano pelo cantor. “As outras duas foram presentes dos meus amigos e mestres Walter Franco e André Abujamra”, completa. Zeca Baleiro, Sandra de Sá e Seu Jorge são alguns dos convidados dos 10 trabalhos.
Caldas destaca dois CDs da caixa, um destinado aos índios, todo cantado na língua Tupi, e o mais aguardado, o de rock, onde faixas como Jarbas, No Bar e A Maldição despontam. Esta última ganhou uma voz gutural e riffs de guitarra que deixariam os fãs do Sepultura de cabeleira em pé.
Ouça Maldição, o heavy metal do pai do axé
Luiz Caldas lança CDs com rock, MPB e música indígena
19/02/2009 15:14
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