A marca Remexe, cooperativa de moda sustentável do Centro Cultural Lá da Favelinha, em BH, apresenta a nova coleção, Revogue. O lançamento é nesta quinta-feira (29), às 20h, em uma transmissão ao vivo no canal do YouTube do centro cultural (youtube.com/ladafavelinha).
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Número cada vez maior de mulheres adotam cabelos grisalhosSandália Prada que custa R$ 4 mil e semelhante a modelos nordestinos cria polêmica Por que a indústria gamer segue crescendo em tempos de pandemia?Short godê cai no gosto das fashionistas, mas tem causado polêmicaA Revogue foi desenvolvida a partir de retalhos de roupas usadas e o editorial foi produzido em nove pontos turísticos do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte: Beco Passarela, Praça do Cardoso, Mirante do Campim, Canão, Ateliê Remexe, Centro Cultural Lá da Favelinha, Barbearia Milagre, Pista de skate e Rua da Água.
O pedido é para que a roupa tenha a chance de ser algo novo - daí o conceito que surge com o termo "revogar", referência para batizar a coleção. A ideia é que a periferia seja vista como um lugar de potência, que respira cultura e arte, revogando ao preconceito que lhe toma como um ambiente de tristeza, crime e morte.
A Remexe é uma cooperativa de moda sustentável que surgiu a partir de um desafio fashion proposto aos moradores das vilas do Aglomerado da Serra. Inspirada nas manifestações artísticas e culturais da comunidade e na rotina dinâmica da favela, a marca usa a metodologia upcycling. Estilistas e costureiras, moradoras da comunidade, produzem roupas novas a partir do reaproveitamento e ressignificação de peças usadas e resíduos têxteis.
A transmissão on-line é uma adaptação do Favelinha Fashion Week para o ambiente virtual. Este é um movimento de moda que ganhou espaço na capital mineira, com a proposta de promover marcas independentes da comunidade local, grupos culturais e a economia criativa, além de revelar artistas de diferentes perfis que vivem no aglomerado.
Do surgimento até agora, o evento se ampliou para além do Beco Passarela, na Vila Santana do Cafezal, onde começou em 2017, e passou por vários outros lugares da cidade, inclusive com uma edição em Londres. Uma iniciativa que rompe padrões e prova que a favela também é moda.