Ela completa 60 anos este ano e ainda não tem uma única ruga. Loira ou morena, esbelta ou cheia de curvas, negra ou branca, princesa ou presidente, a Barbie é uma favorita eterna das meninas, mesmo que tenha causado controvérsia ao longo dos anos. A boneca icônica evoluiu para acompanhar os tempos modernos – é só checar sua conta no Twitter. E, apesar da forte concorrência na indústria de brinquedos, 58 milhões de Barbies são vendidas a cada ano em mais de 150 países.
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A boneca deveria ensinar às meninas “que elas tinham escolhas, que poderiam ser qualquer coisa. Em 1959, essa era uma ideia radical!”, afirma Baynard. A Barbie foi um sucesso instantâneo. No primeiro ano, 300 mil bonecas foram vendidas, segundo ele.
CRÍTICAS Desde o início, as medidas de pin-up da Barbie não pareciam imediatamente tão feministas e provocariam críticas nas décadas seguintes. “Em 1959, sua estrutura corporal foi exagerada para combinar com a estética da época e com o tecido disponível”, disse Carlyle Nuera, designer da Barbie. Desde que a boneca loira chegou às lojas, e depois de uma torrente de reclamações sobre o que eram consideradas proporções irreais, a Mattel fez muitas mudanças, introduzindo vários tipos de corpo e dezenas de tons de pele.
Em 1965, quatro anos antes de Neil Armstrong caminhar na Lua, a Barbie se tornou astronauta. Em 1968, a primeira boneca negra da Barbie, uma amiga chamada Christie, chegou às lojas.
A Mattel tem mais de 100 pessoas trabalhando no seu estúdio de design em El Segundo, um enorme edifício semelhante a um hangar, entre o Aeroporto Internacional de Los Angeles e uma rodovia. Os designers começam com um esboço simples. A partir daí, todo protótipo é feito por um exército de especialistas – desde a escultura do boneco com software de última geração e impressão 3D até a pintura do rosto, modelagem do cabelo, escolha de tecidos e criação de padrões de roupas.
O processo completo de design de uma nova Barbie pode durar de 12 a 18 meses. Então, o protótipo é enviado para fábricas na China e na Indonésia para produção em massa.
A Barbie não é apenas um sucesso de lojas de brinquedos – ela tem uma enorme presença nas redes sociais e é uma espécie de influenciadora digital, com milhões de seguidores. Ela tem uma identidade: Barbie Millicent Roberts, da cidade inventada de Willows, no Meio-oeste. E agora ela fala diretamente para as meninas sobre sua vida e importantes tópicos da atualidade.
Em 2018, a marca lançou uma campanha abrangente para ajudar as meninas a acreditar em si mesmas e a não aceitar estereótipos sexistas de gênero. A Barbie tem uma cabeleireira, maquiadora e fotógrafa que viaja com ela “de verdade” nos Estados Unidos e no exterior para sessões fotográficas no Instagram (a conta @barbiestyle tem quase 2 milhões de seguidores). “A narrativa da marca Barbie é que ela é uma mulher jovem e independente que corre atrás de carreiras”, afirma McKnight. .