Após a repercussão de denúncia de racismo durante a São Paulo Fashion Week (SPFW), o estilista Evandro Fióti e o diretor do evento, Paulo Borges, gravaram e divulgaram um vídeo esclarecendo os fatos.
Ainda em tom de desabafo, ele diz que o problema do racismo "é uma questão estrutural do Brasil", critica as empresas de segurança que precisariam trabalhar pela mudança de atitude dos respectivos funcionários e alfineta a imprensa. "Uma TV que sequer falou do desfile me procurou". No vídeo, Borges afirma que "foi bom o fato ter vindo à tona" e reconheceu o problema. "Meu filho é negro e também já passou por esse tipo de situação"
Na terça-feira, após apresentação da coleção Avuá, a terceira participação da grife no SPFW, Fióti fez o seguinte post denúncia no Facebook:"Ser preto é ser barrado pelo segurança do evento até mesmo quando é da sua marca e com pulseira..."
Logo, a publicação viralizou, com milhões de curtidas e centenas de compratilhamentos, chamando a atenção da assessoria do evento. Antes de gravar o vídeo, a direção do SPFW publicou nota na qual afirmou "ter tomado medidas junto à empresa de segurança contratada pelo evento, para repreensão de conduta dos envolvidos". O texto também afrma que, atendendo ao pedido de Fióti, a organização preservou o funcionário responsável. "São mais de dez mil pessoas trabalhando direta e indiretamente no evento, que sempre defendeu e trabalha pela diversidade em todos os níveis".
Vale ressaltar que Fióti é um estilista engajado, o que é evidenciado na proposta da LAB, grife cujo DNA bebe na estética embalada pelo movimento hip hop e celebra a diversidade inclusiva.