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Após agressão, Evandro Santo rebate críticas da comunidade LGBT: ''Não votei em Bolsonaro''


Evandro Santo rebateu as acusações e críticas de que estaria "se aproveitando da comunidade LGBT" e que seria apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Na última sexta-feira, Evandro foi agredido com um soco no rosto e denunciou o caso nas redes sociais. 



Na noite dessa segunda-feira, o humorista gravou um vídeo de pouco mais de 14 minutos e postou no Instagram. "Se eu sou tão nojento e desgraçado, como que eu entro em toda boate LGBT e todo mundo me trata bem e me abraça? Um monte de travesti que é amiga minha", disse. 

Em outro trecho, Evandro diz: "O que eu digo para você que é hater e que fala que me odeia, que é mimimi e que eu não fiz a minha causa pelo LGBT: fui em todas as paradas gays, já salvei gay desmaiado em boate que ninguém deu confiança, carreguei no colo e levei para a enfermaria.... respeitem a minha história", desabafou. "Eu tenho todo o direito de reclamar de homofobia... eu ajudei essa comunidade a crescer", completou. 

O humorista revelou ainda não ser apoiador de Jair Bolsonaro. "Eu era Ciro Gomes, não tenho nada contra o Bolsonaro, não votei nele, sou contra a ideologia dele, mas não significa que eu tenho que ficar falando mal e odiando a pessoa... eu simplesmente não sigo o que eu não gosto, eu não perco meu tempo seguindo ou dando Ibope para quem eu não gosto", finalizou.  

Agressão


No último sabado, o humorista, que trabalhou no programa Pânico por 11 anos, publicou duas fotos no Instagram, e relatou que foi agredido por um integrante da plateia após um show de stand-up comedy na cidade de Marília, no Estado de São Paulo. 


Na primeira publicação, Evandro conta que, durante a apresentação, convidou pessoas para subir ao palco e participar do 'Tinder humano'.
No decorrer da brincadeira, os participantes ganharam um selinho dele.

"Quando pedi um rapaz solteiro, na hora um rapaz chamado Pedro se prontificou a subir para fazer o Tinder com outra moça, que sempre pode acabar em um 'beijo' ou 'selinho'. Ele super aceitou bem, fez o Tinder, ganhou um selinho meu, deu risada, assim como a moça ganhou um meu e deu risada. Saiu do palco de boa", descreve o humorista.

Depois disso, Evandro afirma que pediu dez minutos de pausa e foi ao banheiro. Ao sair do cômodo, diz que foi surpreendido pela chegada do Pedro, "o mesmo que participou por vontade própria ". O artista relata que o rapaz deu um soco na boca dele e que não reagiu. "Tanto a boca quanto o nariz sangraram."

Evandro Santo vai processar agressor


Evandro conta que depois do ocorrido, saiu "passado" do local e foi direto para o hotel. "Não apanho desde os 13 anos de idade, por qualquer motivo", disse.
Ele afirma que, ao acordar neste sábado, pensou em "deixar pra lá e ir logo para casa", mas decidiu ir à delegacia a fim de registrar um boletim de ocorrência por agressão e homofobia.


Ao terminar a primeira publicação, Evandro fez alguns questionamentos. "Por que o cara não me bateu no palco? Por que esperou eu ir no banheiro e estar sozinho? Deve ser algum poderoso da cidade? Pode ser. Mas sou figura pública e isso poderia acontecer com qualquer amigo meu da comédia. Gente, quem não curte comédia ou humor, não frequente shows."

Em uma segunda foto publicada na rede social, o humorista disse que conseguiu algumas informações a respeito do rapaz que o agrediu. "Fiquei sabendo agora que ele acabou de sair de uma clínica de reabilitação. Isto não é desculpa. Conheço um monte de dependentes ou ex-dependentes que não agridem ninguém. Cabia, então, a alguém da família cuidar do moço, não deixar ele subir no palco ou participar devido a sua suposta saúde mental.
Alguém vai responder sobre este crime real", afirmou.

"Vou até o fim com todos os processos possíveis", prosseguiu Evandro. "Em nome do respeito ao próximo, à não violência do próximo e à anti-homofobia. Vou agora na delegacia e vou atrás dos meus direitos. Enfim, vida que segue", concluiu. (Com Estadão Conteúdo)
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