Ex-guitarrista do Capital Inicial aciona a Justiça e acusa banda de fraude

Loro Jones reivindica royalties do disco Acústico MTV na Justiça

por Correio Braziliense 21/05/2019 10:12
Jorge Cardoso/CB/D.A Press
Loro Jones saiu do grupo em 2002 (foto: Jorge Cardoso/CB/D.A Press)
Loro Jones, ex-guitarrista do Capital Inicial, entrou com pedido na Justiça para receber royalties de direitos autorais que alega nunca ter recebido do grupo. O dinheiro seria referente ao disco Acústico MTV, lançado em 2000, pela gravadora Abril Music (que hoje pertence à Sony Music). Segundo o músico, ele não recebeu os devidos créditos na partipação no álbum. 

A reportagem, Loro Jones disse que foi "indevidamente não creditado" pela Sony e que todo o dinheiro, que deveria ser pago aos membros da banda na época, estão indo para uma empresa chamada D.F.F.H., um acrograma dos nomes dos integrantes Dinho Ouro Preto, Fê Lemos, Flávio Lemes e do ex-empresário Haroldo Tzirulnik, que rompeu com a banda em 2009.

O guitarrista conta que esteve no grupo desde 1982, data da primeira formação da banda, até 2002, ano que deixou a trupe. Jones alega ser co-fundador do Capital, ao lado de Fê Lemos. Segundo ele, cerca de R$ 7 mil trimestrais de royalties seriam rendidos às empresas da banda, em propósito de receber os créditos, como a D.F.F.H., que foi fundada em 2000, e da qual Loro Jones diz nunca ter ficado sabendo da existência.

O advogado do guitarrista, Ramon Ramos de Freitas, diz que durante três meses houve tentativas de negociar com a banda o reconhecimento de que o Loro foi membro fundador. Sem sucesso, apelaram à Justiça. Ele apresentou à reportagem um vídeo em que Fê Lemos fala ao canal Minhabsb no YouTube (a partir do minuto 3) sobre a participação de Loro nos primeiros anos. 

“Achava que eram todos meus amigos, tratava-os como irmão. Estou tentando entender por que esses caras estão fazendo isso comigo. Nunca tinha passado pela minha cabeça que o Dinho tinha passado a perna em mim”, queixa-se Loro Jones. “O disco vendeu mais de dois milhões de cópias. Foi um sucesso. Eu não tava nem sabendo desse dinheiro”, continua, que recebe direitos autorais, em valor expressivamente menor, por outros álbuns da banda.

O advogado de Loro esclarece: "(Reivindicamos o) pagamento de Royaties e apuração de haveres em razão da exploração econômica do Capital Inicial. Hoje o Loro não recebe nada do Capital, mesmo tendo fundado o grupo". "Esse disco MTV Acústico vendeu dois milhoes de cópias nos três primeiros anos e a Sony se nega a prestar contas desse período".

Procurada pela reportagem, a banda Capital Inicial disse que não tem nada a declarar sobre o assunto. A Sony Music também foi contatada, mas, até a última atualização desta reportagem, não havia emitido parecer sobre a acusação.

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