Atrizes de hollywood são detidas em escândalo de propina

Felicity Huffman e Lori Loughlin estão entre os pais ricos acusados de pagar para que seus filhos obtenham vaga em universidades de prestígio

por AFP 13/03/2019 08:10
Kelly Nyland/AFP
O casal Felicity Huffman e William H. Macy, que tem duas filhas, em evento do Sindicato dos Atores, em janeiro de 2018. Ela está entre os acusados de pagar para seus filhos obterem vaga em universidades de prestígio nos EUA (foto: Kelly Nyland/AFP)

 
Dezenas de pais ricos, incluindo duas atrizes de Hollywood, foram indiciados na terça-feira (12) por um esquema de pagamento de propinas milionárias para que seus filhos entrassem em universidades de prestígio nos Estados Unidos.

As atrizes Felicity Huffman (Desperate Housewives), de 56 anos, e Lori Loughlin (Full house), de 54, bem como vários empresários estão entre os 50 acusados e “foram detidos por agentes federais em vários estados”, informou o escritório do procurador federal de Massachusetts, que lidera o caso.

O esquema, de âmbito nacional, “facilitou trapaças nos exames de admissão universitária e na admissão de estudantes em universidades de elite como supostos atletas”.

Treinadores esportivos de Yale, Stanford, da Universidade do Sul da Califórnia (USC), da Universidade do Texas e Georgetown também estão envolvidos no escândalo, por aceitar estudantes em suas equipes mediante pagamento de suborno e não com base no mérito esportivo, acrescentou a procuradoria em uma declaração.

“Não pode haver um sistema de admissão diferente para pessoas ricas”, disse o procurador federal de Massachusetts, Andrew Lelling, em Boston. “Não pode haver um sistema judicial diferente para eles também”. A acusação indica que o esquema começou em 2011 e movimentou um total de US$ 25 milhões (R$ 96 milhões) em propina.

Um acusado que colabora com a Justiça e coordenou o esquema contou que ofereceu a Huffman que mediasse a correção das respostas do exame de admissão (SAT) de sua filha. Huffman é acusada de pagar US$ 15 mil (R$ 57,6 mil) pelo teste modificado de sua filha mais velha e por ter iniciado o mesmo processo para sua filha mais nova, apesar de ter abandonado a ideia.

Loughlin e seu marido, o estilista Mossimo Giannulli, também acusado, teriam acordado o pagamento de US$ 500 mil (R$ 1,9 milhão) para que suas filhas fossem incluídas na equipe de remo da USC, apesar de não serem remadoras. As duas filhas do casal foram aceitas na USC.

A testemunha contou como, com a ajuda de outras pessoas, conseguia corrigir o resultado dos exames de admissão dos filhos de seus clientes. (AFP)

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