Não é tarefa fácil conversar com a beldade que venceu no último sábado um dos concursos de beleza mais longevos e concorridos da história do país: o Miss Brasil. Mas Júlia Horta logo atendeu ao telefone. Diante da identificação de que se tratava de uma reportagem para o Estado de Minas, adiantou que a agenda estava cheia: passaria o dia em gravações para a TV. Ainda assim, ficou de responder à entrevista via WhatsApp, entre intervalos, e só não concluiu a ideia porque, pouco tempo depois, acabou recebendo um “puxão de orelhas” da assessoria de imprensa.

Júlia é a segunda juiz-forana a representar o Brasil no concurso internacional que reúne, a cada edição, misses de cerca de 170 países. Em 2007, Natália Guimarães chegou ao vice-campeonato do Miss Universo e de lá ganhou ainda mais fama. Para se ter uma ideia do alcance da marca, basta dizer que a final é assistida por mais de 1 bilhão de espectadores. Ou seja, se a beleza da jovem de 24 anos já chamava a atenção em Juiz de Fora, na Zona da Mata, imagine agora após ser eleita a mulher mais bonita do país.

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“Sem muita certeza” sobre suas medidas – 1,72 de altura, busto 88cm, cintura 65 e quadril 94 – a morena pesa 57 kg e não faz uma dieta rígida, mas é balanceada. “Me alimento bem e não sou de abrir mão do que quero, mas sem exageros”, revela. Júlia contou que o desejo de participar do universo da beleza começou cedo, ainda menina. “Minha mãe me matriculou em dois cursos: um aos meus 9 anos e outro mais tarde, aos 15. Mas só comecei a trabalhar como modelo depois dessa faixa pois em JF não havia mercado para infantil.”

Agora, Júlia vai morar em São Paulo para cumprir a agenda preparatória para o Miss Universo e os compromissos como Miss Brasil. Mas promete sempre estar na terra natal, em companhia da família e do namorado há seis anos, Mateus Corrêa. “A minha família é a minha base, meus principais apoiadores, e o Mateus sempre foi companheiro, incentivando a carreira. Vamos superar a distância porque nosso amor é muito grande”, declara.

Com a realização de um dos sonhos, Júlia quer ir além: “A próxima etapa é o maior concurso de beleza do mundo, o que traz uma responsabilidade muito grande.” Enquanto o grande dia não chega, ela tem vários trabalhos para a Polishop (detentora da marca Miss Brasil). Ainda é cedo para prever o futuro, mas o fato é que a miss mineira também pretende seguir carreira no meio digital. “Amo comunicação de forma geral e um projeto é me tornar palestrante, organizando eventos e conteúdo sobre influência digital. Até lá, meu foco é na preparação para o Miss Universo: cuidados com o corpo, passarela, inglês, oratória e, principalmente, inteligência emocional.”

CURRÍCULO Filha dos professores Patrícia Maia do Vale Horta e Eduardo Duarte Horta, irmã de Laís e Vinicius do Vale Horta, de 21 e 16 respectivamente, Júlia já tinha fama e popularidade. “Comecei a disputar concursos de beleza no fim de 2014, quando me convidaram para representar a cidade (Juiz de Fora) no miss Minas Gerais CNB. Eu topei de cara, me apaixonei e não parei mais”, conta a jovem que também coleciona os títulos Miss Juiz de Fora CNB 2014, Miss Minas Gerais CNB 2015, Rainha Brasileira do Café 2016, Miss Zona da Mata Mineira CBN 2017, Miss Brasil Turismo 2017 e Miss Minas Gerais.

Mas ela não vive só de concursos de beleza e modelagem. Júlia estudou jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), trabalhou como apresentadora de duas edições do Casa comigo (programa exibido na TV Alterosa) e manteve o blog Diário de uma miss atualizado até o fim de 2018. “Tenho me concentrado mais no Instagram, por que tenho mais público por lá.”