A cantora Daniela Mercury acionou a Justiça com uma queixa contra o deputado estadual da Bahia pastor sargento Isidório após o parlamentar ter publicado um vídeo com injúrias contra a artista. Nas imagens, ele se dirige à cantora, que havia criticado na mesma semana a censura a uma peça em que Jesus seria interpretado por uma atriz trans, chamando Daniela de "escrava de satanás", "puta", "endemoniada", entre outros xingamentos.
saiba mais
Luan Santana nega ter recebido dinheiro via Lei Rouanet
Nadja Pessoa é expulsa do reality show 'A Fazenda' após agressão
Edição de verão do Botecar promove disputa entre 40 bares de BH
Fernanda Lima bloqueia comentários no Instagram após ataques de internautas
'Nunca vou aprender dizer adeus', declara filho a Leandro, morto há 20 anos
Durante o Festival de Inverno de Garanhuns, em 21 de julho, a cantora criticou no palco a censura à peça. "Já que a gente tá falando de amor, me choca profundamente que os políticos desse país censurem uma peça de teatro, que censurem uma exposição de arte de grandes artistas. É de uma petulância absurda!".
Os advogados levaram à Justiça uma gravação desse discurso e sustentam que não houve ofensa a nenhuma religião, como o pastor dá a entender, assim como não houve xingamentos a Jesus, nem atribuição sobre a sua sexualidade. "Daniela não diz que Jesus é travesti", reforça a nota da equipe da cantora.
A artista diz que após a publicação do vídeo do parlamentar, que foi eleito deputado federal nas eleições deste ano pelo Avante, outras notícias falsas foram espalhadas sobre o seu posicionamento. "A partir do vídeo do deputado, onde há claramente o crime de injúria, com aumento de pena por ter se utilizado de meio que facilitou a propagação da ofensa (a internet), outras centenas de milhares de fake news envolvendo Daniela surgiram e até hoje são motivo de agressão à artista nas redes sociais, com ameaças de cancelamento de shows e pedidos de explicação à produção da artista", reforçou a equipe da cantora.
O caso aguarda julgamento. A reportagem não conseguiu contatar o pastor na noite de segunda-feira (5/11). O espaço está aberto para manifestação.