A candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República segue dividindo opiniões entre os famosos. Enquanto alguns compram a briga pelo candidato do PSL e outros rejeitam com veemência o voto no militar de reserva, há quem evite entrar em polêmicas e prefira se abster de manifestar opiniões. É o caso de Anitta, que tem sido cobrada pela comunidade LGBT por não declarar repúdio às declarações discriminatórias de Bolsonaro.
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Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (19), ela afirmou: “Não é porque eu sou uma artista e tenho uma vida pública que eu sou obrigada a dizer qual é o meu voto e que eu devo receber ameaça e xingamento por eu não falar publicamente sobre isso."
Fãs, por outro lado, acusaram a cantora de aderir ao pink money - termo usado em referência ao poder de compra da população LGBT. Defensora da causa e com uma parcela considerável de fãs na comunidade LGBT, ela se nega a repudiar a candidatura de Bolsonaro, tido como o maior adversário da garantia de direitos às minorias, assim como das políticas de combate à discriminação.
A cantora também recebeu mensagens de apoio de parte de prováveis simpatizantes do político. Em seu perfil no Twitter, ela postou mensagens em que reforça o desejo de se manter isenta sobre o assunto: "É um direito meu não querer opinar sobre política e eu só estou exercendo esse direito. Eu não segui um perfil em apoio à nenhum candidato. Segui um perfil de uma amiga de 8 anos que finalmente consegui reencontrar e se ela escolheu expor seu voto é um problema dela. Não quero ser obrigada a odiar ninguém por isso. Não quero ser obrigada a fazer campanha política quando não foi esse o trabalho que escolhi."
Em sua defesa, ela ainda afirmou que não apenas apoia como se entende como parte da comunidade. “É totalmente incoerente dizer que eu apoio a morte à comunidade LGBTQ+ quando eu faço parte dela. Estaria apoiando minha própria morte. O que eu acho que eu possa fazer para apoiar as comunidades que eu defendo e/ou faço parte, que realmente acredite tenha capacidade de mudar em algo eu faço”, completou a funkeira.
O termo #AnittaIsOverParty, que declara encerrada a tentativa da cantora de se tornar um nome expressivo internacionalmente, se tornou um dos mais comentados do Twitter. Uma das imagens compara a posição de Anitta à de outras cantoras populares entre o público LGBT, como Ludmilla e Pabllo Vittar, que entraram na campanha #EleNão, contra o candidato do PSL.
Confira algumas reações:
Anitta: "eu tô me sentindo muito desrespeitada nesse momento por eu não poder exercer um direito que é meu"
%u2014 guiga %u2460%u2461 (@keepvalquing) 19 de setembro de 2018
Bom, @anitta, nós LGBTQ nos sentimos desrespeitados todos os dias por não podermos exercer um direito que é nosso: o de existir. #AnittaIsOverParty
anita dizendo que faz parte da comunidade LGBT porque acha que T é de traíra #AnittaIsOverParty
%u2014 vera fischer (@bichapaia) 19 de setembro de 2018
Apoiar não é vestir uma roupa do arco íris e subir em um palco num evento pra se auto-divulgar. Um país onde mais mata LGBT e onde mais se agride MULHER, você quer se manter na neutralidade? #AnittaIsOverParty pic.twitter.com/nG8WvfD9iy
%u2014 whoan (@DOMJU4N) 19 de setembro de 2018
Anitta você quer ganhar dinheiro em cima da causa LGBT? /// Anitta você quer se posicionar contra candidato homofóbico #AnittaIsOverParty pic.twitter.com/NnKfEYlZ7w
%u2014 Pedro Tessarolo (@pedrotrl) 19 de setembro de 2018
entrando no twitter hoje #AnittaIsOverPArty pic.twitter.com/PA9DfcQmcz
%u2014 Welker (@dislecso) 19 de setembro de 2018