O eterno baixista da banda The Beatles, o músico Paul McCartney, contou em uma entrevista histórias dos tempos pré-fama do grupo. Em conversa com o jornalista Chris Heath, da revista norte-americana GQ, o artista revelou detalhes do relacionamento entre os membros, incluindo intimidades, como um caso de masturbação coletiva, as míticas orgias em turnê e a possível perda da virgindade do guitarrita, George Harrison.
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“Uma vez nós estávamos na casa do John, e tinha um grupo de nós, e em vez de simplesmente beber e festejar – eu nem lembro porque a gente estava lá – a gente sentou em umas cadeiras, as luzes estavam apagadas, e alguém começou a se masturbar, então todos nós começamos também”, contou o ex-Beatle. De acordo com a revista, o “grupo” era composto por Paul, John e três amigos do falecido músico.
O músico também contou como a imaginação dos, até então, jovens ganhava asas. “A gente ficava gritando tipo 'Brigitte Bardot', 'Whoo!', e a brincadeira seguia assim”.
De acordo com o artista, a diversão continuava sem problemas, até que alguém – que talvez você imagine quem – decidia corromper a brincadeira. “Eu acho que era John que então gritava 'Winston Churchill'”, comentou Paul.
“Não era uma grande coisa, mas, você sabe, é aquele tipo de coisa que você não pensa muito antes de fazer. Nós eramos um grupo. Sim, é meio vulgar quando você pensa sobre, mas tem tanta coisa que a gente olha de quando éramos jovens e fica tipo 'a gente fez isso?'. Mas era divertido e sem causar mal a ninguém. Nós nunca machucamos ninguém, nem mesmo a Brigitte Bardot”, conclui Paul entre risos.
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Paul também compartilhou o momento em que o guitarrista do grupo, George Harrison – possivelmente – perdeu a virgindade enquanto compartilhava o quarto com o baixista. “Nós tínhamos um quarto com uma cama e dois conjuntos de beliches, e se um dos caras quisesse trazer uma garota eles poderiam só ficar na cama com um cobertor sobre eles e você não perceberia muito, a não ser por um pouco de movimento, e teve uma vez, eu não lembro se era o George perdendo a virgindade dele, eu acho que era”, alegou Paul, que ainda completou: “Quer dizer, acho que no fim, essa era a maior força dos Beatles, essa proximidade forçada nos transformou em amigos, porque estávamos no mesmo quartel, nós estávamos muito próximos, o que significa que nós poderíamos saber muito um dos outros”.
Ao ser questionado sobre a proximidade ter sido uma vantagem, Paul assegurou que sim: “Nos tornou uma banda muito impermeável, e como amigos, nos tornou mais acessíveis. Nós viajávamos em uma van sem ar-condicionado ou aquecedor, era difícil, no meio do inverno, nós tínhamos de deitar um sobre o outro para ficarmos aquecidos. Nós sofríamos por um tempo, até que, tremendo, alguém dizia 'por que nós não...?', então a gente formava um sanduíche de Beatle.
Paul afirmou não se lembrar de quem ficava por cima no sanduíche, mas certificou que a proximidade salvou a vida do grupo: “Eu não lembro, seria ótimo se lembrasse, mas (o que importa era que) nos aquecia, acabou sendo uma boa ideia”.
Orgias?
Já sobre o mito das orgias que rolava nas turnês do grupo, Paul decidiu por maior descrição: “Não existia esse negócio de orgias, pelo menos até onde eu sei. Existiam encontros sexuais, mais do tipo celestial. Mas veja, essa é minha experiência, eu não gosto muito de orgias. Uma vez nós fomos fazer um show em Las Vegas e um cara perguntou se a gente queria prostitutas, a resposta foi 'é claro que sim!'. Eu pedi duas e foi uma experiência incrível, mais foi o mais perto que já cheguei de uma orgia”.
Mesmo tendo resguardado as próprias experiências, Paul não pensou duas vezes antes de jogar o ex-colega no holofote: “Eu acho que John gostava mais disso. Teve uma vez que uma mulher casada gostou dele e eles fizeram sexo, e o que ocorreu depois é que John descobriu que o marido estava assistindo tudo. Isso era o 'excêntrico' naquela época”.
O fim do grupo
Além dos momentos mais polêmicos, Paul também relembrou como o fim do grupo o atingiu de uma forma perpétua: “Um dos momentos mais tristes da história, para mim, foi o fim dos Beatles, e como para salvar os negócios, foi necessário que eu processasse a banda. Isso foi uma dor muito grande, e a maior consequência foi sempre me culpar, eu sempre fui o que 'acabou com os Beatles', então eu passei um bom tempo, você sabe, tentando pensar 'não, não fui eu. Jonh queria a Yoko, então ele saiu', mas por causa do incidente (a morte de John), o mundo achou que eu fosse o culpado, e a pior parte é que eu meio que acreditei. Se todo mundo te culpa, talvez você seja o culpado”.
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