No baile do MET 2018, que aconteceu na última segunda-feira, 7, a atriz Scarlett Johansson esteve no centro de uma controvérsia ao usar um vestido da grife Marchesa. Isso porque a cofundadora da marca, Georgina Chapman, é ex-mulher de Harvey Weinstein, executivo de Hollywood acusado de assédio sexual por mais de 50 mulheres. Scarlett é a primeira celebridade de grande porte a vestir a marca desde que as denúncias contra o produtor vieram à tona em outubro de 2017. Chapman, que pediu o divórcio do produtor em janeiro deste ano, ainda não havia dado entrevistas após o escândalo - até agora.
À revista Vogue, a estilista britânica disse jamais ter desconfiado do comportamento abusivo do marido, com quem se casou em 2007 e tem dois filhos (India, de sete anos, e Dashiell, de cinco). "Uma parte de mim foi terrivelmente ingênua - claramente ingênua demais. Eu tenho momentos de raiva, de confusão, de incredulidade", desabafou.
A primeira denúncia ao produtor, publicada pelo The New York Times, foi o estopim para uma série de outras acusações a nomes de peso da indústria cinematográfica, levando a movimentos como o Time's Up e o Me Too, que defendem a igualdade de gênero e lutam pelo fim do assédio sexual em Hollywood. O caso afetou também os negócios de Chapman. Sua marca, conhecida pelos vestidos de festa com estilo romântico, era sucesso entre as atrizes nas grandes premiações - em 2016, foi a grife mais usada em tapetes vermelhos. Já na temporada de prêmios deste ano, nenhuma atriz optou pelas criações da etiqueta.
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