Uai Entretenimento

Trio de beldades

Em BH, Claudia Raia, Paolla Oliveira e Agatha Moreira falam sobre idade, beleza, saúde e polêmicas

- Foto: Rodrigo Marques/reprodução da InternetConvidadas para apresentar a coleção de Dia das Mães da joalheria Monte Carlo, as globais Claudia Raia, Paolla Oliveira e Agatha Moreira aterrizaram em BH na noite de quinta-feira. Em entrevista exclusiva ao Moda e Estilo, comentaram sobre estética, beleza e algumas polêmicas. Paolla, que está gravando a minissérie Assédio - produção de 10 episódios inspirada na história do médico Roger Abdelmassih - condenado por 181 anos de prisão pelo estupro de 37 pacientes, reforçou a postura de luta.  "Eu acho que todos são responsáveis na luta contra o assédio, contra o machismo, por um lugar de peso da mulher na sociedade, como ela deve ter. O machismo, como já falei algumas vezes, passa pela educação. Nós mulheres também somos provedoras da educação criando filhos, se posicionando e tendo opiniões. Acho que é uma luta de todos", afirmou.  
Ela viverá Carolina, a segunda esposa do vilão (interpretado por Antônio Calloni), uma mulher movida pela paixão. "A série é bastante interessante, mas é uma coisa muito específica. É um caso que abre portas, claro, para o debate, mas algo muito específico.
Também estou ansiosa para saber como o pessoal vai receber essa história, ainda mais sendo baseada em fatos reais". 
Aos 36 anos e sem filhos, a musa também falou sobre maternidade, deixando claro que não se deixa pressionar.  "A maternidade é um momento tão desejado, né? Eu acho que ele tem que ser desejado, esperado, ou não. Cada história é uma história. Eu nunca falei que não desejo ser mãe, mas acho que cada coisa tem seu momento. E hoje em dia tem a medicina e tantas outras coisas... A própria posição da mulher e tudo que a gente tem para facilitar a nossa vida aumentaram em parte a nossa longevidade para ter essa opção e para conseguir ser mãe. Então, deixa o tempo dizer..."

Ícones de beleza 

- Foto: GShow/reproduçãoModesta, Paolla disse enxergar sua beleza como "comum". "Não me considero um ícone de beleza e não me cuido pensando nisso.
Mas acho que o cuidado é sempre um conjunto. É você cuidar do seu rosto, com tantas coisas que existem, como cosméticos e bons profissionais. Cuidar do seu corpo, sem esquecer de cuidar da sua mente. Você estar em dia com você, se sentindo segura, com exercícios em dia. Acho que tudo isso te deixa mais bonita, aumenta sua longevidade, o seu brilho. Acho que muito do que as pessoas acham de mim vem daí,  de cuidar do todo. Cuidar de mim como um conjunto de coisas". 
 Já Cláudia Raia, aos 51 anos, disse encarar a passagem do tempo com tranquilidade pois colhe, agora, os benefícios de toda uma vida dedicada aos cuidados com o bem-estar. "Posso dizer com toda tranquilidade que eu me sinto muito melhor hoje do que aos 20 anos (risos), apesar de achar que toda idade tem sua beleza.
E o fato de viver o presente de forma intensa me ajuda a não sentir falta do que já passou. Sempre acho que o presente é mais interessante do que o passado e o futuro. Eu tenho uma vida muito regrada, sempre pratiquei exercícios, tenho uma alimentação saudável... Não tenho enlatados em casa, por exemplo. E eu hoje estou colhendo os frutos de toda uma vida. Eu me cuido porque me preocupo com a saúde e, claro, porque quero estar bem comigo mesma. Eu sigo dançando, fazendo minhas aulas, deixando o meu corpo ativo, isso tudo faz diferença no meu dia a dia. E estar rodeada de pessoas que eu amo, fazer o que gosto, rir dos absurdos da vida e não levar tudo tão a ferro e fogo. Eu escolhi ter uma boa vida, mesmo diante dos problemas."  

Procedimentos estéticos

- Foto: TvGlobo/Thais JordãoAtualmente nas telas da Globo como jurada do quadro Show dos Famosos, do Domingão do Faustão, revelou que é atendida por dois dermatologistas, Gisele Torok, no Rio de Janeiro, e Jardis Volpe, em São Paulo. "Eu sigo todas as instruções deles (risos).
Jardis tem aparelhos absurdos e uma mão de anjo (risos). Ele é conhecido, inclusive, como um dermatologista muito natural. Acho que o negócio é você realçar o que você tem de bonito. E, na verdade, atenuar o envelhecimento, que hoje em dia é uma coisa completamente diferente. Uma mulher hoje de 50, 60 anos é completamente diferente de como era há 20 anos. Hoje, uma mulher de 50, 60 está numa forma de quase 30 anos." 
 Também famosa pela atuação em musicais, a multiartista afirmou ainda que a prevenção "é a melhor coisa que existe" e que não gosta de excessos."Você pode se cuidar, mas deve continuar sendo você! É importante também não querer aparentar uma idade que não tem. Você pode estar plena com a idade real, e acho que é isso que a gente quer". 

Dispensa de atrizes maduras

Sobre a recente polêmica em torno da recisão de contratos da Globo com atrizes maduras - Giulia Gam e Malu Mader estão na lista -, a musa revelou não acreditar que a decisão tenha a ver com idade. "Não mesmo. Temos dona Laura Cardoso aos 90 anos brilhando e trabalhando. Dona Fernanda Montenegro aos 88 divando como nunca.
Acho que o mercado está mudando, ele está se adaptando aos tempos de hoje.  Você constrói uma história e não deixa de ser quem é por ter ou não ter um contrato. Não vejo essa situação como um preconceito por causa de idade. Mas envelhecer é para os fortes e eu me considero bem forte (gargalhadas)."
Taxativa, a atriz disse não se intimidar com o passar dos anos. " Não tenho medo de envelhecer. Mas isso depende muito da cabeça de cada um, de como você lida com as coisas. Eu construí uma história da qual eu me orgulho muito, eu não dormi com 15 e acordei com 50 anos. Eu experienciei todo esse processo. Vivi essa vida e gosto desse caminho quando olho para trás. E como falei, vivo o presente. Tenha certeza de que chegarei aos 100 dançando, sapateando, trabalhando e dando minhas risadas. Você tem que fazer valer a pena cada segundo. E eu faço, por isso não tenho arrependimentos."
A mais jovem do trio, com 26 anos, Agatha Moreira, que vive a personagem Ema na novela Orgulho e Paixão, falou sobre a emancipação feminina retratada na trama das 18h. "Está sendo muito bacana propor várias reflexões através da Ema e da Elisabeta (Nathalia Dill), da diferença entre as duas, das diversas opiniões que elas têm. A Elisabeta seria uma feminista de época, uma pessoa mais livre; enquanto a Ema tem esse discurso super conservador por ter sido criada pelo pai, pelo avô. O embate desenvolvido entre elas o tempo inteiro é algo muito enriquecedor para a narrativa e que traz muitas reflexões".                         
.