Stan Lee, ícone das HQs de 95 anos, é acusado de abuso sexual

A massagista María Carballo acusou o autor da editora Marvel Comics de tocá-la inapropriadamente e de má conduta durante sessões em um evento

por AFP 24/04/2018 16:47
VALERIE MACON
Stan Lee é cocriador de super-heróis, como Pantera Negra e Homem Aranha (foto: VALERIE MACON)
Uma massagista processou Stan Lee, autor da editora Marvel Comics, por abuso sexual, acusando-o de tocá-la inapropriadamente e de má conduta durante sessões em um evento no ano passado em Chicago. 

María Carballo apresentou um processo com cinco acusações nesta segunda-feira (23), alegando que Lee, de 95 anos, lhe acariciou e tocou em seus genitais. O processo exige uma compensação de pelo menos US$ 50 mil por danos e prejuízos, além dos honorários dos advogados, para cada uma das acusações, de acordo com representantes legais.

Ela afirmou que os episódios aconteceram em abril de 2017, quando o cocriador de muitos personagens de super-heróis, como Pantera Negra e Homem Aranha, estava na cidade para a feira Chicago Comic & Entertainment Expo.

O advogado de Lee, Jonathan Freund, negou as acusações ao jornal Chicago Tribune: "Ele é uma figura pública de vulto, acho que isso é uma chantagem", disse. "Tem 95 anos, não acho que tenha feito isso", destacou.

O processo de Carballo afirma que ela foi enviada em duas ocasiões à suíte de hotel de Lee no McCormick Place Hyatt Regency. Durante a primeira sessão, Lee teria lhe acariciado na região genital, fazendo Carballo interromper seu trabalho e ir embora. Ela afirma que Lee se desculpou por meio de sua empresa, e ela voltou para uma segunda sessão de massagem no dia seguinte, durante a qual empregou uma técnica de massagem usando os pés em vez das mãos. Ela acusa Lee de aproximar seus pés dos seus genitais, forçando-a a ir embora novamente. 

Os incidentes teriam acontecido antes repercussão mundial das campanhas #MeToo e #TimesUp. A princípio, Carballo temia que as acusações prejudicassem seu trabalho, segundo o escritório de advogados que lhe representa, mas mudou de ideia "depois de ter visto outras mulheres brigarem para serem tratadas com dignidade e respeito".

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