A atriz Mayana Moura, de 35 anos, revelou que já foi internada quatro vezes em hospitais psiquiátricos. Depois de passar um período afastada da televisão para se tratar, ela voltou ao trabalho e está no ar em Tempo de amar, a novela da faixa das 18h na Globo. Em entrevista à revista Marie Claire, falou sobre o diagnóstico de transtorno afetivo bipolar e o medo de ser estigmatizada pela doença.
"Há um grande estigma em torno do paciente. De que não possa ser funcional de novo, tanto no ambiente profissional quanto no pessoal. Existe muita incompreensão em torno da doença, por isso prefiro seu nome 'antigo', psicose maníaco-depressiva", disse ela. "Sou a prova viva de que, com o tratamento certo e apoio de quem nos ama, é perfeitamente possível se recuperar. O que aconteceu comigo não define o que sou", completou.
Mayana participou de produções como Minha nada mole vida, Passione, Guerra dos sexos, O tempo e o vento (em 2015) e só retornou agora ao Brasil, estabilizada. Vivia nos Estados Unidos, onde foi internada e começou a se recuperar. Antes disso, porém, até chegou a usar camisa de força: "Fui imobilizada algumas vezes. Não queria tirar sangue de jeito nenhum. Dizia: 'Se vierem tirar, vou bater em vocês!'. Parti para cima dos enfermeiros e chegaram quatro homens gigantes, me prenderam e tiraram de todo jeito. Aí uma hora desisti de brigar".
A artista detalhou a luta contra a depressão: "Me prescreveram lítio. Por alguma razão, não me dei bem. Ele me deixou de cama. Não tomava nem banho. Minha mãe tinha que me tirar dali e colocar no chuveiro. Tudo que via me deixava mais deprimida, até fotos de amigos em redes sociais... Aí parei de me medicar". E completa, sobre a nova rotina: "Tô feliz da vida de voltar a fazer novela. Amo todo o processo, inclusive decorar texto. Sou super-CDF, adoro bater diálogos com os atores. Imagine frequentar o mesmo backstage que a Marisa Orth? Eu amo ela, acho que ela nem sabe o quanto".
"Há um grande estigma em torno do paciente. De que não possa ser funcional de novo, tanto no ambiente profissional quanto no pessoal. Existe muita incompreensão em torno da doença, por isso prefiro seu nome 'antigo', psicose maníaco-depressiva", disse ela. "Sou a prova viva de que, com o tratamento certo e apoio de quem nos ama, é perfeitamente possível se recuperar. O que aconteceu comigo não define o que sou", completou.
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