O diretor de comunicação da Globo, Sergio Valente, defendeu as suspensões do ator José Mayer e do jornalista William Waack da emissora após serem acusados de assédio sexual e de racismo, respectivamente. O gestor diz acreditar que as respostas dadas às posturas dos profissionais, figuras importantes dentro da empresa, fazem parte do alinhamento ideológico da rede televisiva e que a decisão "tem que doer quando precisa doer".
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Segundo Valente, as suspensões de Mayer e Waack reforçam um compromisso da emissora com seus valores: "Tudo o que a emissora faz está alinhado com a rota de onde a gente quer chegar. A gente quer ser maior, muito melhor, um ambiente onde as pessoas se encontram, um lugar que traga as pessoas, onde os talentos queiram trabalhar. E a gente só vai conseguir isso sendo respeitoso".
Em abril, o ator José Mayer foi suspenso após ser acusado de assédio sexual pela figurinista Su Tonani. Durante os bastidores das gravações de A lei do amor, o ator chegou a tocar nas partes íntimas da profissional no camarim. Depois de negar o ocorrido, Mayer admitiu a postura em nota divulgada à imprensa e foi afastado por tempo indeterminado das produções da Globo. O ator, no entanto, segue contratado pela emissora. O apresentador do Jornal da Globo, William Waack, foi suspenso no início de novembro depois da divulgação de um vídeo em que faz comentários racistas. Na gravação, realizada nos bastidores de uma cobertura jornalística em 2016, Waack xinga um motorista por buzinar na rua e afirma que a atitude "é coisa de preto".