Eles começaram falando como adoram a geração millenial, que vem protagonizando os últimos desfiles da marca, afirmando que eles são mais engajados com os problemas do planeta e se preocupam mais com política do que a geração anterior. Foi quando Gabbana se defendeu das críticas de vestir Melania Trump. "Não sou norte-americano, sou italiano, não ligo para a política deles. Sou um estilista, e ela uma consumidora", disse. "No jogo da mídia, tudo vira negócio. Você pode fazer tudo ficar interessante se falarem sobre você."
O fato de a primeira-dama norte-americana aparecer frequentemente usando Dolce & Gabbana gerou críticas dos contrários ao governo Trump e uma campanha de boicote à grife nas redes sociais. A marca respondeu criando uma camiseta com a hashtag #BoycottDolce&Gabbana, à venda por 245 dólares.
Outro tema polêmico da entrevista foi a onda de denúncias de assédio sexual em Hollywood e na indústria da moda, o que Stefano considera uma coisa normal. "Não é nada novo. (O diretor de teatro) Luchino Viconti chamou (os atores) Helmut Berger e Alain Delon para sua cama... mas é uma escolha, todo mundo sabe", disse.
Gabbana também aproveitou para criticar a tendência politicamente correta, afirmando que ela tira a personalidade das pessoas. "Eu acho falso, porque você perde o poder de explicar seus pensamentos verdadeiros. Com respeito a todos, não sou Mussolini, nem Deus, é só minha opinião", explicou. "Eu amo quando as pessoas dizem exatamente o que pensam. Se você não concorda com outra pessoa, ainda sim tem direito de dizer o que pensa.".