Laércio de Moura foi condenado pela Vara de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos do Foro Central de Curitiba (PR) a 12 anos de reclusão pelos crimes de estupro de vulnerável e armazenamento de material associado à pedofilia. O tatuador ganhou projeção nacional após participar da 16ª edição do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo. A decisão data do final de agosto, em primeira instância. Ainda cabe recurso. O processo corre em segredo na Justiça.
O processo se iniciou no ano passado. Em 16 de maio de 2016, Laércio foi preso em Curitiba, sob suspeita de ter cometido estupro de vulnerável e de oferecer bebida alcoólica a menores de idade. A prisão foi fruto de uma ação do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crime (Nucria). O ex-BBB foi preso em seu apartamento, e não resistiu.
Dois meses depois, a Justiça do Paraná aceitou a denúncia contra ele, alegando ter conhecimento do envolvimento de Laércio com adolescentes. Dessa forma, ele passou a ser réu no processo. O ex-BBB foi denunciado por dois estupros em uma mesma vítima e uma tentativa de estupro de uma segunda vítima. Em depoimento, ele negou as acusações.
Segundo a delegada do Nucria, Daniela Andrade, após depoimentos de testemundas, chagou-se a uma das vítimas que teria se relacionado com Laércio em 2012. À época, ela tinha apenas 13 anos e ele, 49. A menor, que hoje tem 17 anos, confirmou o relacionamento e contou que ele forneceia bebidas alcoólicas para ela. Como prova, ela cedeu prints das conversas protagonizadas pelos dois em redes sociais.
BBB
No reality show, a participação do tatuador foi polêmica. A mineira Ana Paula Renault brigou com ele e o acusou de pedofilia após ele ter feito gestos obscenos direcionados às mulheres da casa e por ter encarado fixamente Munik, de 19 anos, enquanto ela dançava em uma das festas.
Também no reality, ele admitiu que gosta de ''novinhas'' e afirmou ter vivido um ''triângulo amoroso'' com meninas de 19 e 17 anos.