

"Eu estava sempre com o olho inchado, machucada, com roxos pelo corpo. Naquela época, tinha o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) e eu me matriculei para tentar terminar os estudos. Eu trabalhava durante o dia e estudava à noite. Quando eu chegava em casa, ele achava que eu estava em outro lugar e era aquele auê", disse.
Palmirinha conta que aguentou a agressividade do ex-marido por tanto tempo porque tinha medo de se separar e sofrer preconceito da sociedade e acabar prejudicando as filhas. "Depois que as minhas filhas mais velhas se casaram e saíram de casa, depois de 20 anos de casamento, eu falei: 'Chega'. Ele me maltratava muito. Eu segurei, porque pensava que, se me separasse, minhas filhas poderiam não ter um bom casamento. Mulher separada não era bem vista". Ela afirma que tentava esconder a situação das crianças, que acabavam presenciando a violência.
"Nunca fui revoltada por causa disso, sempre fui alegre, feliz. Nunca fiz as minhas filhas pagarem pelo que sofri. Tem mãe que desconta nos filhos. Eu não. Sempre tive o maior carinho, usava roupa bem velha para que elas pudessem ir arrumadinhas para a missa", acrescentou. A apresentadora, que está afastada da televisão depois que o grupo Fox decidiu não renovar seu contrato com o canal Bem Simples, lembra que se sentiu sozinha após o divórcio por não morar mais com duas das três filhas.
"Eu me sentia muito sozinha, sentia falta das minhas filhas - duas eram casadas, eu não queria preocupá-las, e a mais nova viajava muito com a senhora para quem eu trabalhei, que era madrinha dela. Sentava no sofá e não tinha vontade nem de comer de tanta saudade. Chorava sozinha. Não tinha ninguém que ficasse comigo. Nunca tive amigas. Minhas amigas eram as minhas filhas", relata.
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A apresentadora afirma ter recebido três propostas de canais abertos de TV, mas não pensa em comandar mais programas diários para se dedicar à família. "Se fosse duas vezes por semana, até aceitaria. Quero ficar com meus netos e bisnetos, curtir um pouquinho", diz.