Com mais de 12 milhões de inscritos, o youtuber Rezende Evil possui um dos maiores canais brasileiros do YouTube.
Sabotar a água da piscina, mexer na geladeira e deixar recados ameaçadores (como: "Filho da p***, você vai sumir dessa casa! já te dei o prazo") estão entre algumas atitudes pelas quais Rezende alega ter sofrido nas mãos do homem misterioso.
Se você acha que, numa situação dessas, o ideal seria manter a discrição e levar o caso às autoridades, não está acostumado à forma como funciona a cabeça de um youtuber. Rezende fez questão de gravar vídeos a cada nova etapa em que a história se desenvolvia. Mesmo com muitos comentários negativos e, principalmente, de pessoas contestando a veracidade dos fatos, o jovem fez questão de documentar tudo para publicar em seu canal - o que rendeu, é claro, milhões de visualizações em cada vídeo.
Desde um vídeo mostrando sua reação a uma mensagem recebida por parte do suposto invasor, passando pela marcação de vídeos com transmissão ao vivo para possíveis "encontros" com o criminoso (sempre acompanhados por muita divulgação nas redes sociais), o youtuber chegou até mesmo ao ponto de pedir likes para negociar com a polícia a liberação de um vídeo para seu canal: "Tô pensando em soltar o vídeo secreto do invasor! Então, se esse vídeo chegar a 100 mil likes, eu tento negociar com a polícia", escreveu.
Recentemente, a reportagem ouviu Rafael Urgh, diretor executivo de uma agência de conteúdo digital, que falou sobre até onde os youtubers chegam a ir pela fama, e como se dá esse processo. "Hoje ele (jovem) não precisa de nada, só de uma conexão. O acesso ficou muito mais fácil, muito mais rápido. Muitas vezes o adulto, que seria um crivo, um filtro, não está presente.
Nas redes sociais, a maior parte dos internautas está duvidando e até ironizando a veracidade dos vídeos de Rezende. Em seus vídeos, é possível encontrar diversos comentários de fãs alegando que deixaram de seguir o canal por conta dos vídeos.
Ele, porém, segue afirmando que tudo foi real. Fez críticas a outros youtubers , e levou até mesmo o homem que diz ser o policial que investigou o caso para esclarecer dúvidas. Porém, alegando motivos de privacidade, seu rosto, sua identificação ou quaisquer outros indícios que pudessem confirmar que fosse um policial de verdade foram censurados na edição do vídeo.