A denúncia -uma ação judicial coletiva na qual outros fãs incomodados podem se juntar e exigir uma indenização- é uma das primeiras a colocar à prova as responsabilidades legais dos artistas e das plataformas de streaming, em um contexto no qual o consumo de música pela internet é cada vez mais comum.
O fã diz que West mentiu ao garantir que seu disco The Life of Pablo estaria exclusivamente no Tidal, propriedade do influente rapper Jay-Z, fazendo com que ele e outros seguidores pagassem para escutá-lo.
Na época do lançamento, em fevereiro de 2016, West disse no Twitter que seu álbum nunca estaria disponível na Apple Store e que poderia ser ouvido no Tidal. "Nunca, nunca, nunca estará na Apple. E nunca sairá à venda... vocês só vão poder obter no Tidal".
O músico, de 40 anos, convocou seus milhões de seguidores nas redes sociais a assinarem o Tidal. Em abril ele já havia lançado The Life of Pablo em outras plataformas de streaming, incluindo o Spotify.
Um advogado de West interpôs uma moção que explica que o rapper incorporou novas letras e ritmos ao disco publicado em outras plataformas em abril. "Em outras palavras, a versão original de The Life of Pablo, lançada pelo Tidal em fevereiro de 2016, sempre foi exclusiva dessa plataforma. As versões de The Life of Pablo que estão disponíveis em outros serviços de streaming são distintas da original", alega.
O advogado se baseou ainda em um detalhe técnico: tanto West como o fã que abriu o processo vivem na Califórnia, não em Nova York, onde a ação foi aberta, em uma corte federal. O fã, Justin Baker-Rhett, afirmou que teve pagar para acessar o Tidal apesar de possuir uma conta no Spotify..