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O trecho motivou a hashtag #TheRacistIsPresent ("A racista está presente"), referência ao documentário de 2012 The artist is present ("A artista está presente"), que acompanha uma apresentação da artista em Nova York. A acusação de racismo levou à retirada do trecho do livro. No mesmo dia, Abramovic se desculpou no Facebook, em que disse que o tempo que passou com tribos aborígenes "foi uma experiência transformadora".
Hoje, na mesma rede social, Abramovic publicou um pedido de desculpas mais elaborado. Confira:
"Eu tenho tentado viver minha vida com coragem e tenho poucos arrependimentos. De qualquer forma, os acontecimentos da última semana têm me humilhado. Minha escolha de incluir em minhas memórias inacabadas a passagem do meu diário de 1979, que usou palavras terríveis para descrever minhas primeiras impressões sobre os aborígenes da Austrália Ocidental, é um dos meus arrependimentos. Meu coração tem se apertado constantemente desde que isso veio à tona. Minhas palavras foram ofensivas e eu quero, de todo o coração, me desculpar àqueles que eu machuquei. A parte dolorosa disso tudo é que eu machuquei pessoas aborígenes que confiaram em mim, e eu perpetuei estereótipos dolorosos sobre um povo a quem eu devo tanto e que respeito muito. Eu considero as palavras que usei uma traição e me desculpo muito. Desvalorizar a integridade, a beleza e a luta dos indígenas australianos, com quem eu e Ulay [antigo parceiro de Abramovic] vivemos entre 1980 e 1981, deve ter sido um ataque às pessoas que são particularmente amadas por mim e me inspiram".
O lançamento do livro é previsto para outubro.