“Quando se trata de uma mulher de vida pública, famosa, com muitos fãs, e ela passa por essa situação, ter coragem é muito importante. Esse ato influencia positivamente as mulheres que precisam fazer o mesmo. A denúncia prova que a violência contra as mulheres está em todas as classes sociais, não se resume às classes mais baixas”, comentou Eduarda Mourão.
De acordo com a advogada, a cultura machista ainda é muito forte no Brasil, o que impede que mulheres agredidas procurem ajuda de alguma maneira. “Há um medo por conta da crítica da sociedade. Elas se calam, se silenciam, com receio de serem julgadas e criminalizadas, como acontece no Brasil”, disse Eduarda, destacando que o Brasil ocupa o posto de 5º país mais violento para mulheres, de acordo com o Mapa da Violência divulgado no fim do ano passado.
Como um dos pleitos da Comissão das Mulheres da OAB, está o pedido para que o Judiciário brasileiro seja mais célere na resolução de processos envolvendo a violência doméstica. “O Estado vem falhando nessa proteção, e assim se perpetua essa cultura que precisa ser eliminada do País. Se fosse mais rápido, o agressor iria perceber que não ‘valeria mais a pena’ agredir”, comentou a presidente do colegiado.
A advogada Eduarda Mourão ainda ressalta que as mulheres devem denunciar as agressões mesmo que tenham ocorrido há meses, como no caso de Luiza Brunet. A agressão contra a modelo teria ocorrido em 21 de maio, num hotel nos Estados Unidos. As vítimas podem procurar delegacias especializadas e também as seccionais da OAB, para pedirem orientação jurídica, orienta Eduarda..