Você sabe quem são Jefferson e Suellen Barbosa? Talvez não reconheça de nome, mas certamente se lembra do vídeo em que os irmãos entoavam o refrão "para nooossa alegriaaa". O E+, do jornal O Estado de S. Paulo, entrou em contato com a dupla para saber como eles estão quatro anos após o sucesso, e se ainda colhem os frutos do viral.
Atualmente, Jefferson estuda para fazer faculdade de enfermagem e trabalhar na área de oncologia, ajudando pessoas com câncer. Já Suellen trabalha em um salão de beleza, fazendo tranças afro, sua especialidade. Além disso, continuam recebendo convites para fazer propagandas, shows, e até inaugurações de lojas. Sempre, é claro, cantando a música que todos conhecem.
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Para o futuro, os irmãos têm planos de vender perfumes e sabonetes com a "essência da alegria", em que parte do valor arrecadado seria utilizado para ajudar moradores de rua, e também fazer aulas de canto. Jefferson também revela um sonho maior: "Eu gostaria de fazer um filme da nossa família, tipo Para Nossa Alegria: O Filme. Só de falar da nossa história, as pessoas se emocionam. Mas é bacana assistir, imaginar como foi. O filme falaria sobre partes importantes da nossa vida, até chegar no momento do vídeo. Traria tudo que aconteceu na nossa trajetória, tipo o Zezé Di Camargo e Luciano no filme Dois Filhos de Francisco", conta.
Relembre o vídeo
O que poucos sabem é que até três dias antes da gravação do vídeo, Jefferson e Suellen sequer conheciam a música que os tornou conhecidos. "Pedi pra minha mãe: 'fala uma música que a senhora cantava nos tempos de mocidade, na Igreja', e ela falou Galhos Secos [título original da música do vídeo]. Pesquisei na internet, mostrei pra minha irmã e ensaiamos. A gente não conhecia a música, ela é muito antiga, de 1972".
Ele também relata que, apesar de parecer brava com seu grito e o riso da irmã, no momento seguinte ao vídeo sua mãe foi para a cozinha e continuou cantarolando a canção, em trecho retirado da versão final.
"A princípio, o vídeo era só para amigos. Conforme foi estourando, nós ficamos surpresos.
Assustados, mas também maravilhados. Não colocamos mais nenhum vídeo porque ficamos com medo da repercussão. Quando é espontâneo, é uma coisa, quando já é planejado, é diferente", reflete.
Ainda hoje, os irmãos costumam ser reconhecidos na rua. Porém, Jefferson conta que alguns ficam confusos com sua presença, por conta de um boato espalhado na internet em 2013, que dizia que o rapaz teria morrido. "Muitas pessoas choraram e ligaram pra gente. Até hoje tem quem ache que eu morri. Quando fiquei sabendo, pensei que era brincadeira. Meu pai me ligou e falou: 'Tem um monte de gente falando que você morreu'. Eu respondi: 'Pai, se eu tivesse morrido não tava falando com o senhor!'".