O ator conta que a confusão começou quando Kênia tentou colocar a bolsa embaixo na poltrona da frente. Ele acredita que o episódio foi um caso de racismo. "Eu e ela sentaríamos nas cadeiras do meio e no corredor. Um passageiro chegou para sentar na janela e nos levantamos. O avião estava cheio e o compartimento de bagagem lotado. Quando ela foi guardar a bolsa embaixo da cadeira, o que é um procedimento padrão, o próprio comandante, que é branco, veio e disse que não poderia ser ali. Foi extremamente grosseiro e mal educado".
Érico conta que a Polícia Federal foi acionada depois que um funcionário da empresa não conseguiu resolver a situação. Disse que não tinha motivo para sair do voo e eles me falaram que eu era uma ameaça. Não sou terrorista", conta Érico, acrescentando que outros oitos passageiros desembarcaram em solidariedade.
Ele irá processar a empresa: "Me senti extremamente impotente. Infelizmente esse é o tipo de tratamento. As pessoas te olham por causa da sua cor. Registrei uma denúncia na Anac e vou acionar meus advogados quando chegar no Rio - diz ele, que ainda está no aeroporto de Salvador e perderá a gravação do Zorra que aconteceria às 11h no Projac.
Procurada, a Avianca, através de sua assessoria de imprensa, diz que o "intuito da empresa é cumprir a pontualidade com todos os passageiros e ter a segurança do voo em primeiro lugar. Quando existe um tumulto, o procedimento no setor é acionar a Polícia Federal"..