"É uma adaptação soft do meu show, algo mais leve. Eu pretendo explorar mais a voz, falar com as pessoas, cantar olhando nos olhos das fãs. É uma oportunidade para receber um público diferente, mães com crianças, por exemplo. Não é problema fazer show num shopping. Idolatro os programas que mostram shows assim nos Estados Unidos. Sempre quis fazer igual", declarou o cantor ao jornal carioca Extra.
Assim como milhões de brasileiros, o funkeironão nega que foi pego pela crise e chega a dar dicas para os fãs: "Vamos tirar o “s’’ da palavra “crise’’ que ela vira “crie”.
O show no formato menor é reflexo do encolhimento do mercado musical, que sofre, entre outras coisas, com a diminuição do número de casas de shows. Os artistas foram obrigados a repensar seus cachês. Em 2013, o cantor chegou a cobrar R$ 120 mil por apresentação, um valor 33% mais alto que na fase atual.
"Há menos espaço para a gente desenvolver a nossa arte. Com isso, temos que nos readaptar. Numa casa que comporta 800 pessoas, eu não posso cobrar R$ 80 mil numa apresentação, em outros locais, sim. Em casas pequenas, a gente faz por R$ 20 mil.
cantor desmente, no entanto, que tenha demitido a equipe para enxugar custos:"Eu penso no lado social das coisas, não demitiria os outros assim. Famílias dependem do meu trabalho. E também não vou deixar de cantar. Já fui engraxate, valorizo a profissão, mas não posso voltar a ser. Música é minha vida", frisou.
Prova disso é que, diante do pior momento da carreira — a expulsão de um show em Lambari, Minas Gerais, após se desentender com a plateia —, ele quer voltar à cidade: "Quero fazer um show de graça lá, com doações de alimentos. É um pedido de desculpas ao público.
Cantor pretende voltar a Lambari, em Minas Gerais, de onde foi expulso após um show Foto: Reprodução / Vídeo.