Disney ameaça boicote caso Estado da Geórgia aprove lei contra gays

Região é constantemente usada pela produtora em gravações de filmes e séries. Projeto prevê que estabelecimentos possam recusar atendimento à homossexuais

24/03/2016 12:03
Divulgação/Pinewood
Estúdio Pinewood, em Atlanta, tem sido usado para gravações de filmes da Disney e Marvel (foto: Divulgação/Pinewood)
Um projeto de lei no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, tem causando muita polêmica. Aprovada pela câmara legislativa local na semana passada, a medida prevê que estabelecimentos e instituições religiosas possam recusar prestar serviços de qualquer natureza a homosseuxais ou indivíduos que não sustentem suas crenças. Em nota, a Disney e os estúdios Marvel anunciaram nessa quarta-feira, 23, que pretendem boicotar o Estado caso a lei seja aprovada.

"A Disney e a Marvel são empresas inclusivas. Embora tenhamos muita experiência em filmar na Geórgia, nós planejamos levar nossos projetos para outro lugar se qualquer legislação legitimando práticas discriminatórias for aprovada pelo Estado", declarou um representante das empresas.

O governo da Geórgia tem atraído equipes de filmes e séries de TV, oferecendo um abatimento fiscal de até 30% para as produções. Filmes como Homem-Formiga, Capitão América: Guerrra civil e Guardões da galáxia 2 foram gravados próximos à Atlanta, capital do Estado.

A Associação dos Filmes dos Estados Unidos (MPAA) também se manifestou sobre o assunto, posicionando-se contra o projeto. "Estamos confiantes que o governador (Nathan) Deal nãod eixará uma medida descriminatória se tornar lei na Georgia", afirmou o vice-presidente de assuntos governamentais da instituição, Vans Stevenson.

Segundo a The Hollywood Reporter, outras empresas sediadas no estado, como a Coca-Cola, Home Depot e UPS, também se juntaram contra a medida. "Para que os negócios na Geórgia sejam capazes de brigar pelos melhores talentos, precisamos de locais de trabalho e comunidades diversas e receptivas para todas as pessoas, independente de raça, gênero, nacionalidade, religião, idade, deficiências e orientação sexual", declararam.

O governador Nathan Deal tem até o dia 3 de maio para aprovar ou não a lei. Até o momento, no entanto, nenhum representante do governo se manifestou sobre a polêmica.

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