Prostitutas vivem montanha-russa na terceira temporada de 'O Negócio'

Atriz Juliana Schalch credita o sucesso da produção ao empoderamento feminino protagonizado pelas personagens

por Luiza Maia 16/11/2015 11:10
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(foto: Divulgação)
O universo da prostituição na teledramaturgia se fortaleceu neste ano com o sucesso de audiência - e repercussão nas redes sociais - de Verdades secretas, da Globo, sucessora na temática da apimentada Felizes para sempre?
. Na literatura, Andressa Urach lançou Morri para viver, no qual, entre outras revelações, destrinchou detalhes da carreira como prostituta. A apresentadora seguiu o caminho já trilhado por Bruna Surfistinha, interpretada por Deborah Secco em O doce veneno do escorpião, inspirado no livro homônimo, e da ex-garota Lola Benvenutti, blogueira formada em letras e autora de O prazer é todo nosso.

Na TV paga, o seriado O negócio foi uma das primeiras produções feitas no país a explorar o gênero - o pioneiro da HBO Latin America a atingir a terceira temporada, com estreia prevista para o segundo semestre de 2016 (a anterior está em exibição nos Estados Unidos). Após apresentar uma revolução no mercado da prostituição, a série aventa a possibilidade de uma vida "normal" para garotas de programa, de acordo com a produtora Maria Angela de Jesus.

O trio de empresárias e garotas de programa Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michele Batista) é submetido a uma montanha-russa de emoções nos relacionamentos e nos negócios, embora os detalhes do enredo, ainda em fase de gravações, em São Paulo, sejam mantidos em segredo. "Elas chegam a um patamar inacreditável e agora a gente acompanha o que acontece com elas a partir desse ponto. Quanto mais alto, maior a queda. Tem muita coisa em jogo, tanto na vida pessoal quanto profissional, obstáculos e conflitos de toda sorte", provoca Michel Tikhomiroff, diretor desde a estreia do projeto.

Acusada de glamorizar a antiga profissão, O negócio se desvencilha dos clichês da prostituição e é regada a festas, dinheiro e champanhe. Para as atrizes, faz sucesso entre o público feminino por representarem mulheres bem-sucedidas: as protagonistas se aproximam ainda mais de mulheres de outras profissões na nova fase. Afinal, por que não?

O negócio em detalhes

- Empreendedorismo
Contida, segura, dona de si e workahlic, Karin enfrentará altos e baixos na empresa e na vida dupla entre Joana e a personagem Karin. “Elas conseguem o que querem e vão fazer o que com isso? A gente passa por esse tipo de situação todos os dias. Essas questões humanas extrapolam a trama e as pessoas vão se identificar”, defende Rafaela.

- Trajetória
Na primeira fase, Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch) e Magali (Michele Batista) mesclaram a profissão com conceitos de marketing para revolucionar o segmento e assumiram o controle de uma carreira geralmente comandada por terceiros. Na segunda, extrapolaram os limites da sala no empresarial onde sediaram a Oceano Azul e estrearam na bolsa de valores.

-Empoderamento
Para a atriz Juliana Schalch, o domínio da própria vida é um dos trunfos da narrativa. "Elas tomam a decisão de serem garotas de programa e a partir daí tomam as rédeas da profissão. De alguma maneira, elas se empoderam, guiam os próprios passos para a realização dos desejos e sonhos. A questão do poder feminino é maior do que a prostituição".

Número
146 atores
48 locações
90 dias de filmagem
13 episódios

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